terça-feira, 29 de março de 2011

Dublê de Corpo

"Eu sou a verdadeira linda mulher".

Com esta frase, a atriz e dublê de corpo Shelley Michelle recebeu uma ameaça de processo por parte do advogado de Julia Roberts, visto que a garota,  ao reivindicar que seu nome constasse nos créditos de Uma Linda Mulher (Pretty Woman, 1990), causou um certo alarde e um pouco de confusão na cabeça dos fãs da estrela.


Como a garota fitness estava querendo se lançar como atriz, muitos entenderam que ela estava usando seu trabalho de dublê de corpo para se promover.


Ela não tem uma beleza estrondosa, mas, justiça seja feita, seu corpo é esteticamente perfeito e a garota não tem marca alguma na pele.  Por esses motivos, ela foi muito requisitado para substituir as atrizes em cenas de nudez e sexo.

Segue abaixo uma pequena lista dos vários filmes em que a loira cedeu seu corpo para cenas em que o detalhe do corpo fazia parte do jogo caprichado de imagens. São cenas que vão desde àquela famosa descida do carro, em que se registra as pernas bem torneadas ganhando o solo, àquelas cenas em que as mulheres passam hidratantes pelo corpo após o banho. E por aí vai...

1- Midnight Blue (1997)
2- Sol Nascente (Rising Sun,1993)
3- Linda, Louca e Perigosa (Hexed, 1993)
4- Nails (1992)
5- Desejos (Final Analysis, 1992)
6- Unbecoming Age (1992) 
7- O Príncipe das Marés (The Prince of Tides, 1991)
9 - Uma Linda Mulher (Pretty Woman, 1990)
10- Overexposed (1990)
11- Minha Noiva é uma Extraterrestre (My Stepmother Is an Alien, 1988)

A bonitinha também é atriz e já concedeu entrevistas a vários programas de televisão.


Fatos como o acima se repetem nos bastidores do cinema.

Dizem que as insistentes declarações dadas pela jovem que substituiu a então menina Linda Blair, em O Exorcista (The Exorcist, 1973), nas cenas indiscutivelmente inadequadas para uma garotinha de 12 anos, além de ter criado muita especulação, prejudicou a atriz em sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


Todos tinham como certa a premiação de Blair, mas o tumulto da dublê e, posteriormente, a reivindicação da também atriz Mercedes McBridge, que dublou a voz da menina nas cenas de possessão, de que seu nome fosse creditado na produção, fizeram com que a Academia freasse a intenção de destinar o prêmio a uma atriz-mirim de filme de terror. Com tanta conversa e controvérsia, talvez os membros da Academy Awards tenham optado por acreditar que a assustadora personagem Regan MacNeil foi o resultado de um conjunto de atuações e efeitos. Uma injustiça...

Nunca se provaram os fatos, mas o Oscar, naquele ano de 1974, terminou indo para as mãos de outra garotinha: Tatum O'Neal, que venceu  por sua atuação no filme  Lua de Papel (Paper Moon, 1973).

Agora, para provar que a vida imita a vida, temos ouvido as entrevistas da bailarina Sarah Lane, integrante do American Ballet Theatre, que foi a dublê de Natalie Portman em Cisne Negro (Black Swan, 2010). Conforme divulgação da Entertainment Weekly, a dublê afirma que a atriz realizou apenas 5% das cenas de dança do filme pelo qual ganhou o Oscar.


Sarah declarou: "Queriam criar essa ideia na mente das pessoas, que Natalie era um tipo de prodígio, ou muito dotada na dança, e que realmente trabalhou duro para se transformar em bailarina em um ano e meio para o filme, tudo basicamente pelo Oscar. É degradante para a profissão, não apenas para mim", insistiu.

Ainda bem que Portman já levou o Oscar para casa, mas alguém precisa contar para  a bailarina que o prêmio não foi concedido em virtude das cenas de dança. O trabalho de composição e a interpretação da personagem foram os trunfos da atriz.
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Aproveitando a polêmica, vários sites têm divulgado imagens dessas belas garotas que emprestam seus atributos físicos para as estrelas.
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A seguir, temos as outras gatas que substituem as atrizes nas cenas em que o corpo perfeito se faz necessário.

 Catherine Bell  - dublê de corpo em cenas de nudez
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 Kate Clark - dublê de corpo em cenas de nudez
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Alisa Hensley – belíssima e atleta, a loira substitui atrizes em cenas de ação
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LLeilani Munter – dublê de corpo em cenas de nudez
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Julie Strain – dublê de corpo em cenas de nudez e sexo (também atriz)
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Rachel Carr – dublê de corpo de detalhes
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Em três momentos

O fotógrafo Howard Schatz, da Revista Vanity Fair, promoveu o projeto Actors in Character, em que ele convida atores renomados e sugere três momentos de atuação para fotografá-los. As proposições são feitas na hora e os atores devem improvisar. É claro que não se deve levar  as expressões faciais tão a sério, visto que, ao final, tudo soa como uma grande brincadeira.

Nesta divulgação, ele convidou cinco grandes atores para a dinâmica:  Hugh Laurie, Chloe Sevigny, Jason Schwartzman,  Jane Lynch e o Geoffrey Rush. Eu achei o resultado muito legal.

Vamos lá:

Hugh Laurie:
Esquerda: Você é um pai dedicado que, com sua esposa, acabou de sentar para jantar com sua filha de 15 anos, que está anunciando que está grávida. Centro: Você é um estilista na manhã de um grande desfile, descobrindo que nada na sua coleção está pronto ou fabuloso. Direita: Você é um membro do Parlamento Britânico, pomposo e fanfarrão, fazendo um discurso transmitido pela BBC, e está empolgado com o som da sua própria voz.

Chloe Sevigny:
Esquerda: Você é uma garotinha de 8 anos hiperativa e dramática no seu aniversário, ouvindo que o palhaço acaba de chegar. Centro: Você é uma mãe no recital de balé da filha de 7 anos, vendo ela executar uma adoravelmente imperfeita pirueta e uma praticamente impecável reverência. Direita: Você é está no último ano do colégio e, como seus pais estão no trabalho, está prestes a fazer sexo com seu namorado pela primeira vez, na hora em que a sua irmãzinha entra de repente do seu quarto.


Jason Schwartzman:
Esquerda: Você é Adam, um garoto de 5 anos que está sorrateiramente colocando seu rato de estimação na gaveta de calcinhas da sua irmã. Centro: Você é Lacey, a irmã de 7 anos, logo depois que abriu a gaveta. Direita: Você é Adam, escondido no armário da Lacey enquanto ela grita “ADAAAAAAAAAAM!!!”


Jane Lynch:

Esquerda: Você é uma criança engolindo uma colherada de remédio que sua mãe tinha dito que era gostoso, mas que agora ela diz que, se não tivesse gosto horrível, não funcionaria. Centro: Você está num jantar social com seus colegas de trabalho e suas esposas, e  está tentando sinalizar desesperadamente para o seu parceiro parar de falar tão abertamente sobre sua vida sexual. Direita: Você é uma esquiadoria que decidiu tentar  uma pista difícil e, agora, que não tem idéia de como parar, está indo diretamente para uma árvore.


Geoffrey Rush
Esquerda: Você é o treinador de uma boxeadora e está desesperadamente incentivando ela dizendo: “Ela fugiu com seu namorado! Ela sequestrou seu filho! Vai até lá e mate essa vaca!” Centro: Você está há 5 anos em um a vida de casado sedentário, porém conformista, protestando contra sua esposa: “Eu disse que você está Rubenesca. Não significa gorda. Significa… rubenesca!” Direita: Você tem 10 anos de idade e está num apartamento em andar alto, brincando de atirar com seu cachorro e uma bola tênis – que acabou de quicar janela afora, com seu cachorro em plena perseguição.


sexta-feira, 11 de março de 2011

Unknown, 2011

Com Desconhecido (Unknown, 2011), o diretor espanhol Jaume Collet-Serra faz a sua estréia em filmes de ação, revelando talento e destreza para este tipo de produção, visto que o resultado final fica acima da média se comparado a outros lançamentos do mesmo gênero nos últimos tempos.

Os espectadores mais exigentes, talvez, podem não perdoar as falhas do roteiro e as soluções estapafúrdias que são distribuídas ao longo da trama, no entanto, se conseguirem relevar estes  lapsos, Desconhecido poderá ser um ótimo entretenimento.
Após dirigir o terror risível A Casa de Cera (House of Wax, 2005), Collet-Serra supreendeu com o  eletrizante suspense A Órfã (The Orphan, 2009), que, muito embora também tenha sofrido duras criticas pelo roteiro mal amarrado, brindou o público com interpretações primorosas, tendo lançado a estrelinha Isabelle Fuhrman.

Desconhecido seguiu a cartilha de bons filmes de ação com técnica e qualidade. O seu desenvolvimento é ágil e, logo nos seus primeiros momentos, o longa já nos apresenta a cena que desencadeará todo dilema vivido pelo personagem principal.

O astro Liam Neeson, que anda se repetindo em papéis de homens implacáveis,  vive o Dr. Martin Harris, um especialista em botânica que, chegando a um hotel na cidade de Berlim, onde participaria de uma conferência, percebe que esqueceu sua principal maleta no aeroporto, tendo de voltar sem dar maiores explicações para sua esposa (a linda January Jones). No caminho, ele sofre um acidente e fica em coma por 4 dias. Permanecendo internado, ele vai se recordando aos poucos de quem era e do que estava fazendo naquela Alemanha fria e distante. Até aqui, tudo dentro do controle. O problema é quando ele chega no hotel e não é reconhecido nem por sua própria mulher.  Como se já não bastasse a situação incômoda, ele é apresentado a um homem (Aidan Quinn) que diz ser o verdadeiro Dr. Martin Harris.

Desacreditado, sem documentos e ameaçado, Martin (ou quem ele pensava que era) sai por aquela grande cidade desconhecida em busca de explicações para aquele pesadelo em que ele se encontrava.
A história tem reviravoltas e surpresas em vários atos, quase sempre intercalados por cenas de perseguição de tirar o fôlego, deixando claro que a produção investiu bem nas sequências de ação e no trabalho final de montagem.
Bem, então vamos à parte ruim:  o filme não se preocupa em inserir lógica na trama, fazendo com que coisas simples sejam resolvidas com muita complexidade, e vice-versa. Desta forma,  fica evidente que os roteiristas não se preocuparam muito em concatenar as idéias da trama.
Na escolha do local, o filme acerta em centrar a trama 100% na gelada Berlim, um lugar que  potencializa a dificuldade em se resgatar a segurança e o equilíbrio perdidos, considerando a barreira da linguagem e as peculiaridades daquela cidade. Mas a chance de isto ser bem explorado também é deixada de lado, posto que quase todos os personagens de destaque dominam o inglês com fluência, afastando ainda mais uma possível verossimilhança para história.

Embora bem-vindo, o filme ainda traz um grande clichê: num mundo de estranhos, a taxista que socorre  o  herói é uma bela croata (a estonteante Diane Kruger, de Bastardos Inglórios/Inglourious Basterd, 2009), que também se encontra em situação irregular na cidade. Sensibilizada com a história do desmemoriado, ela passa a conduzi-lo em sua empreitada pela cidade.  É claro que surge um clima entre eles...

A propósito, as loiras geladas January Jones e Diane Kruger são quentes o bastante (perdoem-me o trocadilho infame) para mexer com a imaginação do protagonista de meia idade.

Esqueçam que existe um Google com possibilidade de refinagem da busca, esqueçam que não há necessidade de se contratar um detetive para lembrar que os aeroportos também têm câmeras de segurança, esqueçam que um famoso pesquisador não poderia ter somente um contato no seu país de origem, esqueçam que é praticamente impossível, nos dias  de hoje, fazer algo em público e não ser registrado, esqueçam... Podemos parar por aqui. Então é isto: não raciocinem profundamente na confortável poltrona do cinema, e lembrem-se de que o herói está sob forte pressão (acho que isto não colou). Ou seja, deixem-se levar pelas rápidas e bem cuidadas sequências do filme.

Observando essas ressalvas, eu garanto: assistir ao filme será um programão!
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quinta-feira, 3 de março de 2011

Kick Buttowski

Se o nome soou estranho e atrevido para você, saiba que a intenção do desenho é esta mesma.

Há algum tempo, eu escrevi sobre um desenho animado que era uma das atrações das tardes televisivas de meu sobrinho e que me fez efetuar uma pesquisa para entender a razão de um programa de imagens tão estranhas estar no topo das audiências infantis. Tratava-se de Pinky Dinky Doo, que, curiosamente, segundo análise do Google Analytics, é a postagem mais acessada e lida deste blog (que decepção! - rs). Além disso, nem passou tanto tempo assim, mas eu descobri que Pinky Dinky Doo, incluindo seus recursos pegagógicos, já é visto como um desenho muito infantil pelo Álvaro e seus amigos . "É coisa pra pirralhos!", dizem.

Kick Buttowski: Suburban Daredevil, aqui no Brasil, ganhou o nome de Kick Buttowski: Projeto de Dublê. Trata-se de um baixinho invocado que vive seus dias como se todos os momentos fossem os ideias para grandes aventuras.
Por que as crianças gostam do Kick Buttowski? Bem, a história desse garoto esperto e valente é o que há de mais atraente para uma garotada interessada em aventuras radicais que pareçam próximas de suas realidades. Clarence "Kick" Buttowski  tem o objetivo de se tornar o maior aventureiro do mundo e sua sede por emoções faz com que boa parte das situações corriqueiras ganhem um rumo de adrenalina certa.

Embora tenha apenas 12 anos, Kick Buttowski mais se parece com um adulto em miniatura. O ator Charlie Schlatter, que faz a voz de Clarence no som original, apesar do tom caricato, mantém a voz  do personagem num timbre viril, fazendo com que o garoto pareça um homenzinho obrigado a viver num mundo infantil.

Assim, valente e adulto para sua idade, ele inspira seus amigos a segui-lo com sua destreza e deteminação. Porém, diante de sua própria natureza criança, os desentendimentos e as dúvidas aparecem naturalmente, o  que dá um rumo desenfreado às aventuras e diverte os espectadores do desenho animado.

São questões de vão desde a zoação do irmão mais velho até à disputa de egos com a colega chata da escola. Para completar, existe ainda a irmãzinha mimada, que, em certos episódios, toma um tempo maior do que deveria do irmão "heroizinho", atrapalhando seus planos e suas jornadas.

Acredito que o carisma de Kick Buttowski está no fato de ele ter uma personalidade forte e de estar frequentemente pronto para se renovar e partir para uma nova aventura.

Provavelmente, as crianças gostariam de ter um amigo como Clarence por perto, mas, em se tratando de um mundo mágico, desde que a amizade viesse acompanhada de um controle remoto para desligá-lo nos momentos em que ele fica eufórico ou enfurecido.
Nota: Eu gostaria que as postagens sobre filmes de cinema estivessem no topo do relatório do Google Analytics,  mas, diante da procura por outro tipo de matéria, torço para que o post de Kick Buttowski desbanque o da Pinky Dinky Doo, algo que eu gostei de pesquisar e escrever, mas que já  faz parte de um passado para ser guardado com carinho, e nada mais além disso. #prontofalei - rs.

Em 27/09/2011: Volto aqui, nesta postagem, para registrar que  Kick Buttowski  já superou Pinky Dinky Doo em acessos, conforme o gadget de Postagens Populares e os relatórios do Google Analytics.  Muito legal, visto que gosto muito desse desenho. Porém, ainda é uma pena que as postagens de cinema continuem em baixa. E olhem só o que está em primeiro lugar!!! Essa Lívia Andrade...

terça-feira, 1 de março de 2011

A Caminhonete da Pixar

O site Buzz Feed divulgou uma curiosidade sobre os filmes produzidos pela Pixar. Uma velha caminhonete de entrega de pizza aparece em dez de seus principais filmes de animação. Em certos casos,  a aparição é rápida, quase imperceptível, mas, em outros, fazendo parte do contexto, a participação deste personagem não requer tipo algum de discrição. Há também algumas inclusões criativas e inusitadas, algo do gênero "nada a ver". 

Por que será que o excelente Os Incríveis  ficou de fora dessa? Bem, será que ficou mesmo? Talvez o site não tenha identificado onde a esperta produtora encaixou a caminhonete naquele show de imagens.

Carros
Monstros S/A.
Procurando Nemo
Ratatouille
Toy Story 2
Toy Story
Toy Story 3
Up Altas Aventuras
Vida de Inseto
Wall-E

Super Ação Digital

Em Efeitos Visuais do Cinema, uma postagem do mês de janeiro deste ano, consta um vídeo bem legal que mostra como alguma cenas cinematográficas foram finalizadas com o uso de CGI, demonstrando que o avanço da tecnologia está cada vez mais rápido e supreendente.

Neste post, também temos um bom exemplar do quanto a tecnologia pode contribuir na composição de cenas incríveis. O problema é que há um abuso na computação gráfica, fazendo com que, a partir de um determinado ponto, a sequência fique enfadonha.

Veja até o fim. Se conseguir...