sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Pinky Dinky Doo

Há alguns anos, estive observando que meu sobrinho Álvaro gostava de assistir a um desenho animado que, naquela época, passava somente no Discovery Kids e, hoje, também é transmitido pela TV Cultura.

O que me chamou a atenção era que a animação parecia uns recortes de revistas manipulados em cima de uma fotografia do mundo real. Interessado em desvendar o que aquelas imagens tinham para despertar a atenção de uma criança de dois anos, resolvi acompanhar alguns episódios (parece pretexto para quem não quer admitir que assiste a desenhos infantis).

Tratava-se do educativo Pinky Dinky Doo, uma pequena preciosidade da TV que apresenta imagens coloridas e bem próximas daquelas que despertam o olhar de uma criança. O título é o nome da personagem central, uma garotinha muito esperta (um pouco convencida também) que, diante de qualquer tipo de problema, arruma uma história criativa para solucionar as questões, pelo menos para o universo infantil em que ela está inserida. E, por meio dessas histórias, ela desperta no irmãozinho de quatro anos, e no público que a assiste, uma maneira lúdica e agradável de se raciocinar.


Desenhando com giz dentro de sua caixa mágica, ela conta com a ajuda de seu porquinho da índia para narrar situações que servem para explicar certas palavras e propor jogos interativos.

Para quem não convive com crianças, o desenho animado parece uma grande bobagem, mas, se formos comparar o que são os problemas para a menina com as vicissitudes de nossas vidas, podemos até visualizar nossa visão infantil necessária para lidar com os fatos.

O desenho foi criado por Jim Jinkins, o mesmo do carismático Doug e do programa infantil Sesame Street (Vila Sésamo, aqui no Brasil), ou seja, a função cultural e educativa é a marca do desenho.

Pinky Dinky Doo me fez lembrar, em parte, das aventuras da Luluzinha, uma personagem de história em quadrinhos que criou uma marca ao dar nome àquelas reuniões só para mulheres, o famoso Clube da Luluzinha. Criada em 1935 por Marjorie Henderson Buell, essa pequenina feminista também tinha seus momentos de garota orientadora ao inventar histórias para Alvinho, garotinho traquina da turma, de forma a fazer com que o menino ficasse um pouco mais quieto. Quando estiverem com vontade de revisitar o raciocínio interior e infantil que existe dentro de cada um de nós, tentem assistir às aventuras narradas pela Pinky Dinky Doo, ou comprem algum almanaque da Luluzinha. Boa oportunidade para conhecer a garota, o Alvinho, o Bolinha, a Glorinha, a Aninha, o Raposo, o Plínio e todos os outros componentes de uma turma divertida ao extremo.

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