sábado, 28 de julho de 2012

Doce Vingança


Há tempos eu estava querendo escrever sobre este filme, mas eu custei a ter um diagnótico sobre a qualidade e a procedência do que foi mostrado. Pois bem, transcorrido mais de um ano após o lançamento, eu resolvi tecer algumas considerações.
.
Ter sido submetida a uma violência hedionda justifica as atrocidades cometidas pela protagonista com os seus algozes? O revide de uma pessoa do bem deve ser no mesmo estilo empregado pelos criminosos? Foi com um certo incômodo que assisti ao filme Doce Vingança (I Spit on Your Grave, 2010), uma produção que não foi um grande sucesso no cinema, mas que foi conferido por muitos adeptos das tramas "fazer justiça com as próprias mãos".



A sinopse não traz novidades: um bela jovem resolve se hospedar em uma cabana situada em lugar bucólico para escrever seu livro, sendo notada por alguns moradores do vilarejo próximo. Assim, quatro caipiras curiosos e sedentos por uma novidade, aproveitam-se do isolamento do lugar e resolvem fazer uma visitinha bem mal intencionada para garota. Se o objetivo inicial era um simples susto, o descontrole da situação se transforma num estupro com excessivos atos de humilhação. Após a violência extrema, os caras pensam que a violentada tinha morrido, mas ela, por um lance de sorte, consegue sobreviver e voltar com um plano de vingança. Nada doce como sugere o título em português.



Concentrando o primeiro e o terceiro ato em cenas de tortura física e mental, muitas vezes beirando o grotesco, o filme segue seu caminho sem se preocupar em empregar veracidade nas situações apresentadas, tampouco em dar uma dimensão maior aos personagens. Todo tipo de estereótipo está ali: o valentão metido a gostoso, o bobão que tenta recuar, o policial inescrupuloso que engana bem a comunidade local, o sádico que incita maiores atrocidades no ataque... E a moça ingênua que parece não raciocinar antes e depois do ataque.

Apesar do choque com a violência sexual sofrida pela garota, o que, num impulso imediato, faz com que todos queiram punição para os agressores, a tortura sanguinária empregada nos quatro caras desperta uma dúvida sobre a verdadeira índole da vítima.

É certo que o público desse filme não buscou registro de questões morais, religiosas,  comportamentais e outras coisas do gênero, uma vez que a proposta foi causar sensações de medo,  horror e sadismo (ainda que os espectadores não admitam isto), mas não é facil aceitar a violência gráfica e visceral sem questionar se a lição nos agressores deveria ser daquela forma.


A despreocução no emprego de dilema moral é tanta que as ações são cronometradas para a simples execução do que já estava anunciado. Ninguém ali pensou ou planejou com rigor como deveria agir, deixando a impressão de que tudo se encaixou por uma questão de acaso.

Pensem nas circunstâncias da vingança: estava todo mundo no lugar certo, na hora certa. E se aparecessem dois de uma vez? A garota magrinha conseguiria dar uma prensa da forma apresentada?

"Garota violentada arma um plano para fazer com que seus estupradores sejam desmascarados,  presos e submetidos a todo tipo de violência num presídio..." Ficaria legal, não é mesmo? Mas será que a chamada iria atrair aquele público contumaz? Fica a dúvida.



De toda forma, justiça seja feita ao desempenho da linda Sarah Butler, que interpreta a protagonista Jennifer Hills. A atriz se mostra bastante corajosa ao encarar um papel tão degradante e consegue conferir uma eficiente caracterização da jovem escritora tranquila, como também da fera assassina que ela se transforma após o ataque.






Nota: refilmagem de A Vingança de Jennifer (Day of the Woman, 1978), que foi classificado pelo renomado crítico Roger Ebert como o pior filme da história do cinema. Não vi este de 1978, mas existe tanto filme ruim por aí. Será que essa classificação procede?
.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pequeno Vídeo, Grandes Cenas...

Alfred Hitchcock

Estou postando novamente o vídeo que eu montei há algum tempo com cenas de filmes do Mestre do Suspense Alfred Hitchcock. Em algumas passagens, é possível identificar técnicas cinematográficas pioneiras do diretor, que foram seguidas (ou imitadas) por discípulos e admiradores da Sétima Arte.

Não foi uma tarefa fácil, pois escolher as cenas e encaixá-las no tempo da música (vocês acreditam numa coisa dessa?), obrigou-me a cortar muitos trechos e a mover partes para adequar o som à imagem.

Na seleção, não poderiam ficar de fora aqueles atores que caíram no gosto do Mestre e que apareceram  em mais de um filme, tais como James Stewart, Cary Grant, Grace Kelly, Tippi Hedren,  Farley Granger, Ingrid Bergman e Vera Miles.

Tive que fazer uma busca no Youtube para achar e inserir trechos que não constavam no vídeo inicial, que serviu de base para minha montagem, pois não seria justo ignorar cenas dignas de serem vistas e revistas pelos fãs de Hitchcock. Dentre elas, destaco:

1 - As cenas do jantar e da viagem de trem de À Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, 1943), declarado pelo próprio Mestre como um de seus filmes preferidos (a história é realmente muito envolvente), em que a jovem Charlie (Tereza Writh) finalmente confronta o seu galante Tio Charles (Joseph Cotten), suspeito de ser um serial killer. Uma mescla de admiração, medo, dúvida e flertes perigosos entre a dupla.

 2 - O ataque das aves furiosas em Os Pássaros (The Birds, 1963), numa produção que lançou e deu  grande destaque à bela loira Tippi Hedren.
3 - O susto na personagem e na platéia em dois grandes momentos do clássico Psicose (Psycho, 1960): a cena em que a determinada irmã da protagonista revista o quarto da Sra. Bates e se assusta com a própria imagem refletida no espelho, e no momento crucial do terceiro ato em que Vera Miles dá um dos mais famosos gritos de horror da história do cinema.
4 - A cena da fuga e do carro desgovernado do casal de picaretas (Bruce Dern e Barbara Harris - ótimos) em Trama Macabra (Family Plot, 1976), filme em que Harris tem uma das performances mais tresloucadas da história de loiras protagonista de filmes de Hitchcock. Alguns dizem que ela esteve exageradamente  chata no filme, mas eu gostei.
5 - O detalhe de sombras no close no rosto dos dois policiais (John Longden e Donald Calthrop) que vão à caça do malandro em Chantagem e Confissão (Blackmail, 1929), filme da fase inglesa do cineasta em que já podemos perceber o estilo de montagem e transição de cenas que viriam a se solidificar na fase norte-americana.
6 - Os momentos de maldade e loucura da Sra. Danvers (Judith Anderson), a governanta que atormenta a vida da jovem segunda esposa de seu patrão, em duas cenas: o incêndio da mansão e a mordaz sugestão de suicídio  dada para insegura Sra. de Winter (Joan Fontaine).
7 - A fuga desesperada de um executivo confundido com um agente, em Intriga Internacional (North by Northwest, 1959). O personagem central, interpretado pelo ator preferido de Hitchcock, o elegante Cary Grant, procura escapar de toda maneira de um avião que o persegue. Também neste filme, cenas de ação e tensão com a mocinha (Eva Marie Saint) correndo perigo e o herói sempre pronto para lutar e defender seu afeto.
8 - As desventuras da malfadada heroína de Janet Leigh em Psicose (Psycho, 1960) e o comportamento sinistro de seu admirador Norman Bates (Anthony Perkins), numa produção que fez um personagem ficar mais famoso que o ator.
9 - As vertigens e os dilemas do detetive interpretado por James Stewart em Um corpo que Cai (Vertigo, 1958), um dos mais respeitado filme do diretor. Como se já não bastassem seus traumas do passado, o detetive ainda precisa lidar com a complexa e requintada personagem de Kim Novak, em seu melhor papel no cinema.
10 - Dúvida e apreensão numa ligação telefônica que decidiria o destino de uma linda  e infiel esposa  (Grace Kelly), em Disque M para Matar (Dial M for Murder, 1954). Do outro lado da linha, o rancoroso e dissimulado marido traído (Ray Milland) não esperava a destreza da jovem mulher...

E, também, antológicas cenas de:
  • Frenesi (Frenzy, 1972);
  • Topázio (Topaz, 1969);
  • Cortina Rasgada (Turn Curtain, 1966), com Paul Newman e Julie Andrews;
  • O Homem Errado (The Wrong Man, 1958), com Henry Fonda e Vera Miles;
  • O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956, com James Stewart e Doris Day;
  •   O Terceiro Tiro (The Trouble with Harry, 1956), que tem a feliz estréia da levada Shirley McLaine no cinema;
  • Ladrão de Casaca (To catch a thief, 1955), com Cary Grant e Grace Kelly;
  • Janela Indiscreta (Rear Window, 1954), com James Stewart e Grace Kelly;
  • A Tortura do Silêncio (I confess, 1952), com Montgomery Cliff;
  • Pacto Sinistro (Strangers in a Train, 1951), com Farley Granger e Robert Walker;
  • Sob o Signo de Capricórnio (Under capricorn, 1949), com Ingrid Bergman e Joseph Cotten; 
  • Festim Diabólico (Rope, 1948), com James Stewart, Farley Granger e John Dall; 
  • Quando Fala o Coração (Spellbound, 1945), com Gregory Peck e Ingrid Bergman.

Bem, vejam o vídeo... 

    .

    sábado, 14 de julho de 2012

    Personagens Famosos e seus Criadores

    Stan Lee, Walt Disney, Joseph Barbera e William Hannah, dentre outros, tiveram seus nomes projetados nesse circuito de super-heróis e personagens de desenho animado e se tornaram donos de uma marca conhecida e rentável, mas alguns criadores de ilustres figuras desenhadas, embora tenham criado verdadeiros ícones no mundo do entretenimento, não têm a identidade tão conhecida como as dos colegas. 

     Batman e Bob Kane


     Charles Schulz e Snoopy


     Jim Davis e seu Garfield


     Caco e Jim Henson


     Matt Groening entre Bart e Homer Simpson


     Maurício de Souza e a Turma da Mônica


     Max Flasher e Betty Boop


     Peyo e Os Smurfs


     Seth MacFarlane e Family Guy


     Stan Lee e Homem-Aranha


     Walt Disney e Mickey



    Tom e Jerry entre William Hannah e Joseph Barbera

    quarta-feira, 11 de julho de 2012

    O Ídolo Desenhado a Lápis


    As intenções são as melhores, mas nem todos os fãs que desejam retratar seus ídolos conseguem atingir um grau satisfatório. Aqueles que têm traços ou características mais marcantes podem ser identificados logo numa primeira observada, enquanto outros...
    .



    Vamos lá: Mel Gibson, Cameron Diaz, Jim Carrey, Justin Timberlake, Leonardo di Caprio, Matt LeBlanc, Nicole Kidman e Samuel L. Jackson.
    .

    sexta-feira, 6 de julho de 2012

    The Amazing Spider-Man, 2012

    .
    Estreia mundial de O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man, 2012)
    .

    Com a saída do diretor Sam Raimi de mais um projeto da franquia de O Homem-Aranha, em virtude de divergências criativas com os produtores, a Columbia Pictures optou por dar um novo começo à saga do herói e trouxe Marc Webb para dirigir essa releitura. O Espetacular Homem-Aranha é o primeiro filme de grande orçamento desse diretor, que havia se destacado com o leve 500 Dias com Ela [(500) Days of Summer, 2009]. 

    O desligamento de Raimi, fez com que Tobey Maguire e Kirsten Dunst (o herói e a mocinha dos filmes anteriores, respectivamente) também deixassem o projeto do quarto filme.
    .
    .
    Sorte do grande estúdio que pode opinar e delinear o rumo do projeto com maior incisão, como também economizar nos salários, visto que tanto o elenco quanto o diretor cobrariam bem menos que os astros da trilogia (Raimi, Maguire e Dunst). 


    O recomeço mostra o mesmo estudante tímido Peter Parker (Andrew Garfield), que tem problemas com outros colegas na escola e que é apaixonado pela bela Gwen Stacy (Ema Stone). Abandonado ainda criança pelos pais, Peter, embora viva em harmonia com seus bondosos tios, não se conforma com sua situação e vive em busca de sua própria identidade. Uma maleta misteriosa o levará ao arrojado laboratório do Dr. Connors (Rhys Ifans). Neste local, uma sucessão de incidentes e um erro inesperado colocará o jovem em colisão com o sombrio alter-ego do cientista, o Lagarto. 


    O vilão desta vez, que não me parecia tão ameaçador nos quadrinhos, foi remodelado e ficou potencialmente mais assustador e poderoso no filme.



    Também no elenco, atores de peso como Sally Field (a sempre adorável Noviça Voadora), Martin Sheen, Denis Leary, Campbell Scott, Embeth Davidtz (como a mãe de Peter Parker, nas cenas iniciais do longa) e C. Thomas Howell (numa ponta, como o pai de um garoto que o Homem-Aranha salva de uma ponte).
     

    O ator protagonista é carismático, mas não ficou muito bem na figura do Homem-Aranha. Foi como se o tempo todo ele estivesse brincando de ter virado bacana. As piadinhas, que pareceram ser o diferencial do personagem para essa nova etapa,  foram perdendo a força ao longo da trama, mesmo antes da situação ficar tensa, e a historinha de amor com a linda Gwen terminou por seguir um caminho insosso e nada entusiástico. 



    Se tentaram dar uma renovada na história, o roteiro foi fraco ao não pensar em situações mais originais, pois características de personagens e situações foram copiadas dos três filmes anteriores (o vilão que conversa com o lado mal dele, o herói que vai a um jantar e se vê embaraçado com sua identidade, uma atitude egoísta do Spider que tem consequências graves, a mocinha que deve ser abandonada e sofrer para ser protegida...). E ainda tem aquela de redenção... (Opa! Aí já é um SPOILER).
     .
    Bem, alguém poderia me explicar a razão de uma colegial de 17 anos ser a instrutora de estagiários num poderoso laboratório de pesquisas quase escusas? Ah, não precisa responder... Ela simplesmente deveria estar lá para ter maior participação na trama e para causar uma grande apreensão no herói num momento de perigo.

    O roteiro não é linear e parece ter sofrido com as diferenças de estilos de seus escritores, o que resultou num filme de atos oscilantes e cheio de arestas a serem aparadas. Porém, tendo este filme vencido a etapa de contar o início do herói e de contextualizar seu novo público, acredito que a segunda parte terá mais acertos, afinal, o estúdio tem em mãos a figura do espetacular Homem-Aranha!
     .
    Falar que existe uma cena após os créditos finais é algo quase desnecessário para quem assiste aos filmes da Marvel, não é mesmo?
    .


    quinta-feira, 5 de julho de 2012

    Shoot on Sight


    Jag Mundhra já dirigiu muitos thrillers eróticos do tipo "direto para locadora" e fez a festa para canais de TV aberta que exibiam aquelas tramas de roteiros fracos e beldades peladas.

    Mas quando esse diretor indiano resolve abordar temas mais sérios e polêmicos, ele pode até escorregar em alguns momentos dramáticos maniqueístas, mas se sai bem na condução de uma matéria que ele conhece bem: o preconceito sofrido pelos muçulmanos e o recorrente pavor do terrorismo.

    E é com muito acerto que ele dirige o equilibrado Ataque Terrorista (Shoot on Sight, 2007), uma produção inglesa que passou despercebida nos cinemas brasileiros, mas que tem conquistado o público da TV fechada, embora já se tenha passado um bom tempo de sua realização.


    O excesso de divulgação sobre iminentes ataques terroristas, quem nem sempre ocorrem como especulado, faz com que alguns inocentes sejam taxados de criminosos, enquanto que alguns homicidas sejam encobertos pelas dúvidas que tanta paranóia pode causar.

    Inspirado claramente no incidente que envolveu o brasileiro Jean Charles, o filme retrata a intolerância de uma conservadora Inglaterra com  a raça que, após o fatídico atentado de 11 de setembro ao World Trade Center,  ficou com um estigma ainda maior de rebeldia e ameaça. Se o preconceito já existia em virtude do fanatismo de alguns, após o ataque terrorista, o ódio mascarado em deprezo (ou vice-versa) se potencializou em muitos países ocidentais.


    Neste longa, um estudante mulçulmano, ao não entender uma abordagem na plataforma de um metrô, é morto a tiros por policiais, e isto deflagra uma crise interna na polícia londrina, justamente no momento em que um cargo importante era almejado por dois oficiais de diferentes linhas de trabalho. Pretendendo desviar o foco da quase inquestionável situação de racismo, o dúbio chefe de polícia (o veterano e eficiente Brian Cox) designa um oficial de conduta irrepreensível para prestar os esclarecimentos sobre a morte do estudante à imprensa e ao público de uma maneira geral. Numa boa jogada, ele escolhe esse oficial pelo fato de ele ser de origem paquistanesa e... muçulmano.
     .
    A partir desse instante, entramos no universo desse nobre comandante chamado Tariq Ali, conhecendo seu lar, sua família e seus hábitos. Ele faz parte daqueles cidadãos que deixaram sua pátria para construir uma vida sólida e segura em algum país ocidental. Então ficamos sabendo de sua esposa inglesa (a sempre adorável e ex-sexy simbol Greta Schacchi) e de seus dois filhos: uma rebelde garota adolescente e um garoto em fase escolar.
    .

    Em meio às investigações sobre atividades terroristas no país, como também a uma ensandecida busca de informações para esclarecer a morte do jovem inocente no metrô, o paternal e sereno Ali (interpretado magistralmente por Naseeruddin Shah), recebe seu sobrinho (Mikaal Zulfikar), um jovem engenheiro que veio do Paquistão para aprimorar seus estudos em Londres.
    .
    O problema é que o filme incita-nos a acreditar que algo muito grave está para acontecer, e a chegada oportuna (no filme) desse sobrinho (engenheiro, muçulmano, arredio...) nos leva a crer que ele tenha algun envolvimento com um plano de ataque.



    Com cenas de ação tensas e momentos de sincera emoção, Ataque Terrorista mantem-se firme a cada passagem, levando-nos a uma imersão num mundo cruel, que afasta sentimentos de compaixão,  compreensão e piedade, tão vitais para a tão desejada paz mundial, em prol da defesa de seguimentos que se entendem corretos, mas que também carregam falhas.

    Destaques para a belíssima Laila Rouass, que interpreta uma policial idealista e muito amiga de Ali, e para o próprio ator que interpreta Ali, que, numa das cenas com seu amigo também muçulmuno (Gulshan Grover), revela o lado sombrio e velado que o medo pode causar às pessoas.
    .
    Nota: Antes de assistir ao filme, não preste atenção no pôster de divulgação que circula pela internet. Nunca vi tamanha falta de sutileza.




    .