Estreia mundial de O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man, 2012)
.
Com a saída do diretor Sam Raimi de mais um projeto da franquia de O Homem-Aranha, em virtude de divergências criativas com os produtores, a Columbia Pictures optou por dar um novo começo à saga do herói e trouxe Marc Webb para dirigir essa releitura. O Espetacular Homem-Aranha é o primeiro filme de grande orçamento desse diretor, que havia se destacado com o leve 500 Dias com Ela [(500) Days of Summer, 2009].
O desligamento de Raimi, fez com que Tobey Maguire e Kirsten Dunst (o herói e a mocinha dos filmes anteriores, respectivamente) também deixassem o projeto do quarto filme.
.
.
Sorte do grande estúdio que pode opinar e delinear o rumo do projeto com maior incisão, como também economizar nos salários, visto que tanto o elenco quanto o diretor cobrariam bem menos que os astros da trilogia (Raimi, Maguire e Dunst).
O recomeço mostra o mesmo estudante tímido Peter Parker (Andrew Garfield), que tem problemas com outros colegas na escola e que é apaixonado pela bela Gwen Stacy (Ema Stone). Abandonado ainda criança pelos pais, Peter, embora viva em harmonia com seus bondosos tios, não se conforma com sua situação e vive em busca de sua própria identidade. Uma maleta misteriosa o levará ao arrojado laboratório do Dr. Connors (Rhys Ifans). Neste local, uma sucessão de incidentes e um erro inesperado colocará o jovem em colisão com o sombrio alter-ego do cientista, o Lagarto.
O vilão desta vez, que não me parecia tão ameaçador nos quadrinhos, foi remodelado e ficou potencialmente mais assustador e poderoso no filme.
Também no elenco, atores de peso como Sally Field (a sempre adorável Noviça Voadora), Martin Sheen, Denis Leary, Campbell Scott, Embeth Davidtz (como a mãe de Peter Parker, nas cenas iniciais do longa) e C. Thomas Howell (numa ponta, como o pai de um garoto que o Homem-Aranha salva de uma ponte).
O ator protagonista é carismático, mas não ficou muito bem na figura do Homem-Aranha. Foi como se o tempo todo ele estivesse brincando de ter virado bacana. As piadinhas, que pareceram ser o diferencial do personagem para essa nova etapa, foram perdendo a força ao longo da trama, mesmo antes da situação ficar tensa, e a historinha de amor com a linda Gwen terminou por seguir um caminho insosso e nada entusiástico.
Se tentaram dar uma renovada na história, o roteiro foi fraco ao não pensar em situações mais originais, pois características de personagens e situações foram copiadas dos três filmes anteriores (o vilão que conversa com o lado mal dele, o herói que vai a um jantar e se vê embaraçado com sua identidade, uma atitude egoísta do Spider que tem consequências graves, a mocinha que deve ser abandonada e sofrer para ser protegida...). E ainda tem aquela de redenção... (Opa! Aí já é um SPOILER).
.
Bem, alguém poderia me explicar a razão de uma colegial de 17 anos ser a instrutora de estagiários num poderoso laboratório de pesquisas quase escusas? Ah, não precisa responder... Ela simplesmente deveria estar lá para ter maior participação na trama e para causar uma grande apreensão no herói num momento de perigo.
O roteiro não é linear e parece ter sofrido com as diferenças de estilos de seus escritores, o que resultou num filme de atos oscilantes e cheio de arestas a serem aparadas. Porém, tendo este filme vencido a etapa de contar o início do herói e de contextualizar seu novo público, acredito que a segunda parte terá mais acertos, afinal, o estúdio tem em mãos a figura do espetacular Homem-Aranha!
.
Falar que existe uma cena após os créditos finais é algo quase desnecessário para quem assiste aos filmes da Marvel, não é mesmo?
.
4 comentários:
Gilvan me chamou bastante atenção essa parte " Campbell Scott, Embeth Davidtz e C. Thomas Howell"...por onde andava esta turma...
E é legal a volta desses três. Todos têm um trabalho que eu admiro : - )
tb não curti, mas acho que foi fácil superar a primeira trilogia! o HA do tobby foi repetitivo nos 3 filmes com crises de identidade.
acho que foi um pontapé inicial para algo que pode ser tornar bom, num provavel segundo\terceiro filme. mas nenhum ator supera o chefe do jornal anterior...
Concordo: J.K. Simmons foi imbatível como o chefe do jornal da trilogia do Sam Raimi. O pescoçudo e esquisito Andrew Garfield mandou bem, mas o filme foi muito mais ou menos, não inovou, nao empolgou.
Postar um comentário