Eu sinceramente gostaria de não torcer para Jeff Bridges ganhar o Oscar de Melhor Ator na Cerimônia deste ano, considerando que o astro já foi consagrado pela Academia e que já esteve sob os holofotes recentemente. Porém, não há como desconhecer o seu desempenho espetacular no filme Bravura Indômita (True Grit, 2010), em que interpreta o Agente Federal Cogburn, um policial beberrão, velho e desleixado, irregular nos procedimentos, mas eficaz na maioria dos resultados. Além disso, assumir a releitura de um papel que proporcionou o único Oscar na carreira cinematográfica do ícone John Wayne, um dos maiores atores de filmes do Velho Oeste, poderia criar algum tipo de contenção num ator com menos bagagem, mas a tarefa foi tirada de letra pelo bom e velho Bridges, graças ao seu grande talento e à sua impecável técnica de atuação.
O resultado foi o que conferimos nas telas. Jeff Bridges corre o risco de ganhar o prêmio com louvor e causar aquela certa mágoa no público que gosta de ver premiações para aqueles que ainda não receberam a estatueta.
Eu assisto a todos os filmes de Joel e Ethan Cohen, até quando não tenho tanto apreço pela proposta, pelo fato de ter me surpreendido e adorado a primeira vez que estive diante de uma produção desses irmãos-caras-de-pau, no bom sentido. Sempre saio do cinema certo de que estive diante de mais uma aula de cinema, de entretenimento e de uma boa dose de provocação.
No filme em questão, uma garota de 14 anos, inconformada com o assassinato injusto de seu pai, procura um policial com fama de ser um matador implacável, intencionando contratá-lo para eliminar o bandido. Segura e determinada, ela negocia bens, enfrenta poderosos e se dirige até àquele homem com uma proposta fechada e sem negociações, com um detalhe: ela deveria estar junto na hora do acerto de contas.
A estreante Hailee Stenfeld, que interpreta a garota valente, tem grandes chances de vencer o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. O impacto de seu papel pode ser comparado ao mesmo que outras meninas tiveram em composições complexas para crianças, como Jodie Foster, Natalie Portman, Linda Blair, Isabelle Fuhrman e Anna Paquim.
O elenco ainda conta com outras feras na interpretação: Barry Peeper, Matt Damon e Josh Brolin.
Nota no IMDb: 8.1.
Um comentário:
Boa Gilvan, gostei muito do texto, objetivo e bem direto. Acho que o Bridges não tem chances, pois o Colin Firth parece ser pedreira e não ganhou ano passado. Gilvan sobre a menina, gostei dela também, apesar do visual Wandinha Adams (rs), que reforça uma imagem um pouco parecida com a daquelas crianças psicopatas em alguns filmes de suspense, como a Orfã , A Profecia,entre outros. Grande Abraço
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