O certo seria não criar muitas expectativas a respeito de filmes baseados em livros famosos, o que nem sempre é possível, visto que, quando ficamos sabendo que um grande exemplar da literatura será transposto para a tela, a imaginação e a curiosidade começam a borbulhar, mesmo de forma involuntária.
No entanto, já passei por várias situações. Frustrei-me com expectativas ao ver determinado filme, tive gratas surpresas que superaram meu aguardo sobre determinados longas e, em menor grau, fiquei indiferente ao resultado de algumas produções.
Confesso que fui assistir ao Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness, Canada, Brazil, Japan, 2008) sem muito entusiasmo, posto que havia tido uma experiência pouco agradável com o livro de José Saramago (não vou pedir desculpas aos “letrados”). Que forma de escrever é aquela? Não quero respostas…
Cheguei à sala de cinema preparado para cumprir somente um “dever de ofício”. Brincadeiras à parte, eu sabia que era uma produção bem cuidada. No decorrer da sessão, percebi que estava gostando do filme. Os recursos cinematográficos para nos passar a “cegueira branca” primou pelo sutileza e eficácia, assim como a apresentação dos personagens centrais.
Não posso deixar de mencionar que grande parte do trunfo está na escalação do elenco, em especial, da primorosa Julianne Moore, uma atriz que nos brinda com seu trabalho forte e consciente.
Pelo exposto, vale dar uma conferida nesse bom exemplar de adaptação de um livro de sucesso levado à tela grande.
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