Do título à sinopse, passando pelo batido pôster, como também pelas frases de divulgação pouco criativas ("Você está sozinho em sua casa?" e "Algumas portas jamais deveriam ser abertas"), nada sugeria algum tipo de novidade neste O Pacto (The Pact, 2012), pelo contrário, parecia uma mistura de O Chamado (The Ring, 2002), de InSight (2012), de Vítimas do Desconhecido (Impulse, 1984) e de tantos outros filmes que colocam jovens bonitas e solitárias em situações de terror e violência.
Vejam só se não parece o enredo de algo já assistido: a bela Annie precisa voltar à sua cidade natal para o funeral de sua mãe, tendo de se hospedar no seu velho lar e se deparar com antigos segredos e traumas do passado. Nada inovador, não é mesmo? Porém, a reviravolta nos acontecimentos e o bom desempenho da protagonista fazem com que o longa O Pacto tenha um resultado acima da média, garantindo seu leve afastamento do amontoado de lugares comuns que temos assistido ao longo desses anos.
Para descobrir que se tratava de um bom filme, eu tive de arriscar e me concentrar num dos poucos fatores que me despertaram a vontade de conferir o longa. Aí é que eu digo: o que uma cena inspirada e um trailer bem editado podem fazer com você... Eu não tinha maiores informações sobre a produção, visto que o filme foi pouco divulgado aqui no Brasil, mas resolvi assisti-lo por causa do bem sacado teaser oficial.
Se o público esperava por estranhos barulhos pela casa e visões assustadoras, certamente ficou feliz com o que viu logo no primeiro ato do filme, que não evitou o famoso clichê da garota assustada que pede ajuda à polícia e é desacreditada pela história pouco coerente. E como não poderia faltar, há o policial meio galã (divorciado e amargurado com a ausência da filha pequena) que sente algo sincero na moça (ou gosta de suas pernocas e curvas generosas) e resolve ajudá-la.
Incomodada com o desaparecimento da irmã e tendo de zelar pela segurança da sobrinha pequena, a jovem se vê obrigada a iniciar uma investigação sobre o passado de sua severa mãe, descobrindo que aquela mulher não era uma megera somente no limite do lar.
Com um desenvolvimento eficaz e cenas bem diretas (algumas até mal roteirizadas), o longa consegue prender a atenção e apresentar uma trama bem amarrada, não deixando lacunas ou surpresas mal explicadas, algo muito comum em filmes do gênero.
Estrelado pela belíssima Caity Lotz, da série de TV Death Valley (2011), uma atriz ainda sem muita expressão cinematográfica (mas que promete...), e pelo outrora quase astro Casper Van Dien, o protagonista do iconográfico Tropas Estelares (Starship Troopers, 1997), de Paul Verhoeven, o filme O Pacto teve sua estréia no Festival de Sundance e despertou a atenção do público sedento por boas novidades no gênero suspense com sobrenatural.
Destaque para aquelas famigeradas cenas feitas para provocar sustos, que você sabe que irão acontecer, que você percebe o prenúncio do susto iminente e que, ainda assim, você acaba se assustando.
Direto da modernidade, boa também a cena em que a jovem indefesa, sozinha em casa, está conversando com a garotinha pela webcam e a menina pergunta quem é a pessoa que está atrás dela...
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3 comentários:
Gilvan , ainda gosto muito deste estilo de filme. Acho que o gênero é um estágio para jovens atrizes que querem melhores oportunidades no futuro, e que não têm um "peixe" para começar de fato por cima,rsrs.Abs amigo !
olha a gnt combina assim: me conta onde ainda tem uma locadora na cidade, ou me manda um link pra eu baixar e assistir!
Super Gugu, não dou mais notícias de locadoras, nem sei mais onde ficam - rs. Eu te mando o link, com certeza! Abraços.
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