E o que é que eu fui fazer no cinema?
11-11-11 (idem, 2011) é uma produção norte-americana rodada na Espanha, que tem a ousadia de lançar um filme sem muito trabalho de divulgação prévia, encaixando sua estréia mundial num dia de numeração singular, a propósito, 11 de novembro de 2011.
E não foi nada disso.
11-11-11 é um filme B que não gasta muito com recursos visuais, tampouco com cenários arrojados, mas que tem o despudor de almejar sucesso com um suspense que ruma para o pré-apocalíptico.
Digamos que o filme seja o primo pobre de 2012 (idem, 2009), uma vez que sugere que a data pode abrir um portal e causar o fim do mundo.
Timothy Gibbs interpreta o famoso escritor que perdeu a esposa e o filho num incêndio e que não consegue se recuperar da dor. Recluso e depressivo, ele se tornou ateu e não tem entusiasmo algum pela vida. Com a notícia de que seu pai está nos últimos momentos de vida, ele precisa voltar à cidade onde foi criado, a magnífica Barcelona, e reencontra o irmão paraplégico que não vê há muitos anos. Ao contrário do escritor, o irmão e o pai são religiosos fervorosos que tentam depertar a fé em Deus no ente recém chegado.
Em uns poucos e esparsos momentos, eu acreditei que haveria alguma inovação, alguma supresa, pois uma cena ou outra criava um clima de mistério e perspectiva. Também, por qual motivo alguém produziria um filme e lançaria de qualquer jeito se não tivesse uma boa história para contar? Não descobri.
Apesar do arrependimento, acreditem, até dá para assistir o filme. O suspense é crescente... Tem até uma reviravolta parecida com vários filmes feitos para TV ou com aqueles que vão diretor para a locação.
Mocinha insossa, cenários escuros, maquiagens relapsas e roteiro capenga. Quando passar na TV a Cabo ou quando for lançado em DVD/Blu Ray, vejam. Em casa, a gente não fica com a sensação de ter sido feito de bobo.
Ah, e não esperem muito sobre toda importância dada a um rolo de filme que foi revelado e esquecido numa loja gótica. A busca ansiosa pela recuperação e abertura do envelope termina numa cena de chuva, com a mocinha insípida queimando as fotos sem deixar a gente ver... E não há sequer explicação dos motivos que a levaram a fazer isto. Quem me acompanha sabe bem que eu não sou de escrever spoiler, mas, desta vez, deixo para contar que este parágrafo se trata de um. Hau!
Registem duas informações: "o fim é agora" e "anjo em pele de cordeiro"... #prontofalei.
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3 comentários:
Oi Gilvan , os filmes de terror franceses e Espanhois - como O Orfanato - talvez tenham um q que os diferencia dos americanos.Não sei , talvez por não estar tão acostumado com produções de terror de outros países , que não os EUA,essas produções têm me chamado a atenção. Se bem que confesso que estou meio cansado dos japonas e suas vilanzinhas cabeludinhas, rsrs.
poxa assisti o filme hoje poq na época me falaram ke era uma merda o filme, CONCORDO ! Mais sera ke realmente não tem como saber oque tinha nakelas fotos keimado pela " Mocinha Isípida" ????
Bem, caro anônimo, acredito que eles quiseram causar o impacto e despertar a discussão sobre o que seriam as fotografias, recurso que deu certo em outros filmes. A questão é que os outros filmes eram bons e faziam valer a pena a gente pensar, ao contrário deste 11-11-11...
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