Eu gosto quando acontece de eu estar zapeando no controle remoto e uma determinada cena de filme me chama a atenção. É aquele momento em que a gente resolver parar e verificar do que se trata aquela composição que nos agradou. Muito bom quando eu sinto que estou gostando de continuar assistindo. Ótimo quando eu descubro que é o início de um bom filme. Melhor ainda quando eu tomo ciência de que o filme tem um elenco de primeira.

Só o início já tem uma sequência digna de se citar naqueles momentos em que nos lembramos de hilárias cenas do humor negro.
Um garota muito bonita está num vagão de trem, seguindo viagem, e observa as crianças que estão em sua cabine. Eu cheguei a pensar que a moça era a queridinha Courteney Thorne-Smith (a Alisson, de Melrose Place), mas era apenas uma atriz parecidíssima chamada Emilia Fox. Ela tem a expressão doce e se veste como uma lady. Enquanto isso, no vagão de bagagens, um inspetor descobre que um baú de passageiro está escorrendo sangue e fica horrorizado. Na cena seguinte, o inspetor e o cabineiro entram no vagão da moça e informam que encontraram dois corpos mutilados dentro do baú de sua propriedade, e indagam se ela sabia do que se tratava. A bela garota sorri com naturalidade e informa que os corpos eram de seu marido e da amante dele. Com o sorriso mais ingênuo possível, ela conclui que eles estava planejando uma fuga, então ela não tinha outra coisa a fazer senão executá-los.
Calma! Isso é só o início. Exatamente a primeira cena. Daí para frente, há uma passagem de anos (talvez uns 40) e somos levados para uma bucólica cidade no interior da Inglaterra, onde vive uma frustrada dona-de-casa (a elegante Kristin Scoth Thomas), seu marido (um reverendo anglicano), sua filha ninfomaníaca e seu filho que apanha todos os dias na escola.
O marido é ninguém menos que o divertido Rowan Atkinson (o Mr. Bean), fazendo o papel que ele executa em piloto automático: o bobão bom, desastrado e ingênuo.
Calma! Isso é só o início. Exatamente a primeira cena. Daí para frente, há uma passagem de anos (talvez uns 40) e somos levados para uma bucólica cidade no interior da Inglaterra, onde vive uma frustrada dona-de-casa (a elegante Kristin Scoth Thomas), seu marido (um reverendo anglicano), sua filha ninfomaníaca e seu filho que apanha todos os dias na escola.
O marido é ninguém menos que o divertido Rowan Atkinson (o Mr. Bean), fazendo o papel que ele executa em piloto automático: o bobão bom, desastrado e ingênuo.

O professor é o saudoso Patrick Swayze (1952-2009) que, interpretando um norte-americano moderno e safado, abusa dos clichês e das caras de canastrão de forma impagável.

Mostrando ao público, mais uma vez, que ter sido vencedora do Oscar de Melhor Atriz por "Primavera de uma Solteirona" (The Prime of Miss Jean Brodie, 1969) foi algo mais do que justo, Maggie Smith surge vigorosa como a excêntrica Grace Hawkins, a governanta que usa métodos pouco convencionais, mas extremamente eficazes, para resolver os problemas da família que a contratou.

Eu nem sou muito de ver comédias, mas tenho um gosto especial por humor negro. O que eu sei é que eu ri em vários instantes e gostei muito do resultado do filme.
Fica a sugestão. Grandes nomes, grandes performances e diálogos naquele tom exato para nos fazer rir.
O que a cena inicial tem a ver com a grande parte do filme? É fácil imaginar, mas o melhor é a forma com que vamos tendo certeza de que Mrs. Hawkins tem uma "missão" a ser cumprida naquela pequena e bonita cidade inglesa.
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