Esta semana, sou o convidado da coluna Olhar Cinéfilo do site de cinema Cineprise. Estou tecendo comentários sobre um dos meus filmes favoritos: Psicose (Psycho, 1960), do mestre Alfred Hitchicock. Confiram!
"Não tenho como eleger um filme predileto nessa matéria tão especial que é o cinema. No entanto, tenho aqueles filmes que me fazem revisitá-los de tempos em tempos, como também que me levaram a fazer pesquisas e, em certos casos, a comprar livros para saber mais sobre a concepção e as curiosidades de bastidores. Desse conjunto, posso destacar a obra-prima do suspense Psicose (Psycho, 1960), do mestre Alfred Hitchcock.
Este filme foi idealizado, proposto, bancado e dirigido pelo obstinado cineasta inglês que, não obstante rejeições explícitas e descasos de grandes estúdios, assumiu o risco do empreendimento e levou adiante um projeto desacreditado. Com roteiro baseado no livro de Robert Block, que escreveu sobre a história real do lendário assassino Ed Gein, o projeto sofreu repúdio pelo fato de abordar temas que poderiam chocar a conservadora família norte-americana da época. Ainda assim, Hitchcock não mediu esforços para realizar o filme, fazendo um acordo arriscado, cortando gastos e utilizando cenários de séries televisivas. O resultado foi um dos melhores exemplares de suspense da história do cinema. O filme se tornou um marco e, até os dias de hoje, tem cenas citadas, copiadas e veneradas por várias outras produções.
Psicose induziu o público a acreditar num determinado caminho e chocou toda uma platéia ao eliminar a “protagonista” ainda no primeiro ato do longa. A famosa cena em que a "heroína" morre numa cena brutal (apesar do ataque "quase" velado) poderia quebrar o clima e criar uma repulsa no público, caso não estivesse sendo orquestrada pelas mãos firmes de Hitchcock. Ele soube brilhantemente não permitir que a temerária lacuna se instaurasse, dando uma condução que, a cada sequência, aguçava ainda mais o interesse do espectador (...)"
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