sexta-feira, 25 de maio de 2012

Os Ícones Falam...

"Havia muito melhores interpretações nas festas de Hollywood do que jamais houve nas telas de cinema."
Bette Davis, atriz.
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"Acho lamentável o culto à beleza e à juventude, porque é muito limitador. Nos Estados Unidos  isso é muito forte, mas, na Europa, o envelhecimento é melhor aceito."   
Catherine Deneuve, atriz.


"Existe algo mais importante que a lógica: a imaginação. Se a idéia é boa, jogue a lógica pela janela."
do Mestre do Suspense Alfred Hitchcock

"É um erro confundir dó com amor."
Stanley Kubrick, cineasta.


“Um ator é um cara que, se você não está falando sobre ele, ele não está escutando”
Marlon Brando, ator.
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"Você tem alguma idéia do que era fazer um filme com Marlon Brando?
Eu o tinha assistido quando criança, e de repente estávamos juntos no mesmo filme!
 Eu morria de vergonha e tinha ímpetos de fugir. Ele era o homem."
Al Pacino, ator.
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sábado, 19 de maio de 2012

Three Point Landing

Os super-heróis não caem de quatro. 

Esta compilação interessante mostra que os heróis aterrissam, após suas quedas ou saltos mirabolantes, da mesma maneira, batendo no solo em três pontos.





  
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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Jean Dujardin

Surge um astro?
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Bom ator, debochado, bem humorado e careteiro.
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Premiado com o Oscar de Melhor Ator com o filme O Artista (The Artist, 2011), o ator francês demonstrou impecável simpatia em todas as cerimônias de promoção e de divulgação do filme, fazendo com que sua figura, até então desconhecida do grande público, despertasse interesse na comunidade cinematográfica.

Vindo de uma longa participação numa série de TV, entre 1996 e 2003, Jean Dujardin iniciou sua carreira no cinema há menos de 10 anos, quando ele já tinha trinta anos,  mas soube aproveitar todas as oportunidades, mesmo que em papéis pouco expressivos, chegando a essa consagração com vigor e muita disposição para encarar os novos desafios.

Espero realmente que ele se torne um próspero e equilibrado profissional da área, dispensando, quando possível, os cobiçados holofotes, algo que pode ser uma cilada para aqueles que visualizam o bom trabalho somente nos papéis de protagonistas e nos grandes sucesso de bilheteria. Afinal, muitos atores se consagraram em papéis de coadjuvantes, que também podem exaltar o verdadeiro potencial de um artista.

Não parece ser o objetivo de Dujardin. Então, que venham mais papéis interessantes para esse carismático francês.




quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os Vingadores (The Avengers, 2012)



Após sair da sessão de cinema, cheguei a pensar que os resultados medianos de Thor (idem, 2011) e de Capitão América (Captain America: The First Avenger, 2011) poderiam ser relevados se fossem classificados como simples prelúdios para realização de Os Vingadores (The Avengers, 2012).

Digamos que o histórico dos super-heróis não poderia ser contado na introdução do longa, tampouco em uma primeira parte de franquia (imagine a bagunça), razão pela qual entendo como um acerto a prévia apresentação de seus protagonistas em produções isoladas. Desta forma, boa parte do público foi ao grande lançamento já com uma certa bagagem de conhecimento, mesmo que obtida em dois filmes  tépidos.

Os super-heróis do longa tiveram filmes exclusivos que introduziram previamente o complexo universo de  Os Vingadores, à exceção de o Gavião Arqueiro, que teve uma participação rápida em Thor, e da Viúva Negra, que apareceu com médio destaque em Homem de Ferro 2 (2010).

É lógico que não podemos afirmar propositalidade nas contenções criativas de Thor e de Capitão Américas, ousando concluir que as produções foram meros recursos para o lançamento do blockbuster, até porque a franquia de  Homem de Ferro (Iron Man, 2008; Iron Man 2, 2010), que também serviu de prólogo para o super encontro dos heróis, foi um grande sucesso de público e crítica.



O ambicioso projeto teve como missão reunir Tony Stark, o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers, o Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), por meio de uma orquestrada ação do arrojado Nick Fury (Samuel L. Jackson), o diretor da agência internacional de paz do Universo Marvel, conhecida como S.H.I.E.L.D. O recrutamento dos super-heróis visava a criação de uma poderosa aliança para conter o possível domínio da terra pelo vilão Loki (Tom Hiddleston).



Para quem assistiu ao Thor, sabe que Loki foi jogado no espaço cósmico após uma tensa batalha com seu irmão (o personagem-título). Para grande parte do público, principalmente aqueles que estão acostumados aos comics da Marvel, isso não foi visto como o fim do personagem. O que de fato não foi, pois ele realmente reaparece no início de Os Vingadores, tentando mostrar que não estava para brincadeiras.  

Se o personagem Loki parecia fraco para engendrar um plano de domínio do Planeta Terra, pelo menos para aqueles que o conheceram somente pelo filme Thor, sua estrondosa chegada, acompanhada de curiosos artefatos bélicos e o domínio da mente de dois importantes personagens, o Dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), prometeram um bom duelo entre o bem e o mal. Por trás de toda coragem, havia o apoio dos Chitari, uma raça de alienígenas com força e poder de destruição.
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A produção teve o desafio de consolidar diversos componentes, como também de produzir um legítimo exemplar que agradasse o habitual público dos cinemas e que saciasse a legião de nerds, devoradores de comics e sujeitos afins, e, a julgar pelo sucesso de bilheteria, logo na primeira semana, e pela impressões que tive durante a sessão, entendo que o objetivo foi alcançado.

Com eficientes cenas de reapresentação dos personagens centrais, o filme caminha com reserva no primeiro ato, sem, contudo, tornar-se entediante, graças ao texto afiado e ao tempo tecnicamente correto destinado às cenas. 


Com essa introdução sagaz e uma inegável qualidade técnica, o filme foi conquistando os espectadores, tornando-se, a partir do segundo ato, um entretenimento bastante agradável.

Algo que me pareceu arriscado foi a entrega da direção ao, até então, pouco expressivo Joss Whedon, que tem pouca experiência no cinema, tendo como principal trabalho em tela grande o fraco Serenity (idem, 2005). Seu trabalho se concentrava em roteiros e direção de séries de TV, como Buffy - A Caça-Vampiros (Buffy, 1996-2003), Angel - O Caça-Vampiros (Angel, 1999-2004) e Firefly (idem, 2002,2003). Os fatores que devem ter contribuído para sua escolha podem ser atribuídos ao seu vasto e seguro conhecimento acerca da trajetória de cada um dos heróis da Marvel, como também seu trabalho na cultuada série em quadrinhos Os Surpreendentes X-Men.

Se isto parece pouco, talvez tenha sido um grande chute no escuro mesmo. Porém, o importante é que o diretor provou competência e capacidade de dividir bem o universo grandioso de cada personagem, acertando na dose de aparição dos heróis, assim como na oscilação entre os momentos cômicos e  dramáticos.

Com relação aos atores, o destaque ficou com o carismático Robert Downey Jr., que, a despeito de sua projeção no cinema, foi o que mais se mostrou à vontade nas cenas, tirando de letra a desenvoltura necessária ao personagem (provavelmente ele já está no piloto automático).

O ator Tom Hiddleston, inseguro e pouco eficaz no outro filme, perdeu os receios e suou a camisa para ficar mais ameaçador no papel, provavelmente por ter se entusiasmado com o roteiro e se conscientizado de que o tom insosso adotado no trabalho anterior não se encaixaria nas proporções fantásticas de Os Vingadores. Não entrará para galeria de grandes vilões do cinema, mas cumpriu a cartilha como um bom intérprete.



A belíssima Scarlett Johansson, sabendo que seus atributos físicos pesaram na sua contratação para o papel da Viúva Negra, não se inibiu com isto e fez bom uso do corpão e do rosto lindo com muita propriedade. Chris Evans e Chris Hemsworth ficaram no meio termo adequado aos galãs de cinema, embora Evans tenha demonstrado maior preparo para convencer no deslocamento temporal de seu personagem. O talentoso Mark Ruffalo se desprendeu do tom melancólico dado por Eric Bana e Edward Norton nas outras versões do Hulk (talvez inspirados em Bill Bixby, da série de TV) e se saiu bem com o leve cinismo utilizado na composição de seu Bruce Banner.

Destaque também para a segura performance de Jeremy Renner e para a sincera emoção que o equilibrado Clark Gregg deu ao seu Agente Coulson.




Todo aparato refletiu num bom roteiro, sem nenhuma grande idéia, em que foram eliminados os delírios e estrondos comuns nas produções do gênero, o que garantiu que o enredo transcorresse em solo seguro e, infelizmente, com algumas banalidades no decorrer da trama.

Descontado esse ponto, a minha opinião é a de que houve um encontro muito acertado de todos os itens envolvidos nesse filme.

Não é possível agradar a todos, mas cientes de que a linguagem das histórias em quadrinhos, tal como acontece nos livros, sempre precisa de adaptação para o cinema, o filme se revela como um entretenimento de primeira, deixando muitos com vontade de bis.


Trailers:






terça-feira, 1 de maio de 2012

É Tempo de Recomeçar

Por Flávio Junio Nascimento, do Cineprise.



Certos de que a arte cinematográfica não teria futuro, Auguste e Louis Lumière, considerados os pais do cinema — apesar da autoria do cinematógrafo pertencer ao francês Léon Bouly, que perdeu a patente para seus compatriotas, enxergavam para a invenção captadora e projetora de imagens apenas como um instrumento com restrito valor científico, sem fins comerciais.

Ao subestimarem o potencial da máquina, não imaginavam que a primeira projeção pública em 1895 em terras francesas entrasse para a história e resultasse no surgimento da considerada Sétima Arte, atraindo avassaladoramente a atenção da mídia da época. Com o passar dos tempos, fortalecida pelos aprimoramentos tecnológicos, desde a sonorização, à cor e ao refinamento na textura das imagens, a Sétima Arte acabou se tornando não somente um importante salto para a modernidade e uma ferramenta econômica capaz de movimentar milhões, elevando os nomes de seus envolvidos ao status de ícones, mas também um audacioso instrumento que permitia ao público submergir em um universo ficcional, outrora duelando contra a realidade ou vez ou outra se completando efusivamente. Uma série de emoções com efeitos catárticos é despertada na plateia como resultado desta interação entre o real e o fantasioso, como parte do processo cognitivo.

Meu primeiro contato com o cinema se deu aos cinco anos de idade quando da exibição do longa 7 Faces of Dr. Lao de George Pal de 1964. Frequentemente exibido na TV brasileira na década de oitenta, o filme narrava a história de um velho homem chinês que viajava de cidade em cidade com seu circo itinerante, composto por atrações fantásticas e misteriosas. Com seu jeito peculiar de agir, o Dr. Lao do título promoveu um alvoroço numa pequena localidade do Arizona, apresentando uma visão de mundo diferente para os habitantes, a qual defendia que as aparências nem sempre é o que contavam. Anos se passaram e a paixão pelo mundo da Sétima Arte aumentou com o tempo, e ao mesmo o gosto foi ficando mais apurado e refinado, abrindo-se para produções de outros pólos cinematográficos, fora da indústria de Hollywood.

Até meados de 2010, o falar sobre cinema se resumia a comentar com amigos resenhas feitas por jornalistas de renome no país, como Rubens Ewald Filho, Ana Maria Bahiana, Pablo Vilaça e Isabela Boscov. Foi quando em março do citado ano, inspirado no blog pessoal de um amigo, Gilvan Martelo — responsável pelo ótimo Enigma do Martelo, que nasceu o desejo de produzir algo do gênero, que funcionasse como uma revista eletrônica contextualizada, reunindo em um mesmo local: críticas; atualidades; curiosidades e comentários sobre o mundo da Sétima Arte — com toda a sua grandiosidade. Assim surgiu o Oivalf (anagrama de Flávio), um blog pessoal contendo um pouco sobre tudo o que antes apenas comentava nas rodas de cinéfilos. Inicialmente centrando-se em produções mais antigas, a página passou por diversos estágios até chegar ao formato que almejava e paralelamente foi atraindo a atenção de conhecidos e desconhecidos. Em agosto de 2011, já completamente personalizada, surgiu a oportunidade de concorrer com diversos trabalhos de todo o país ao Top Blog 2011, uma premiação voltada para a blogosfera.  (continue lendo...)