Existem alguns filmes norte-americanos feitos para TV que vão direto para as locadoras aqui no Brasil e que não recebem sequer um destaque nos catálogos de lançamentos.
Se o filme tiver uma capa bem elaborada, ele tem uma boa chance de despertar curiosidade naqueles que escolhem o entretenimento pelas imagens. Agora, se não há nem isso, fica difícil que o produto faça algum tipo de sucesso fora do seu país.
Se o filme tiver uma capa bem elaborada, ele tem uma boa chance de despertar curiosidade naqueles que escolhem o entretenimento pelas imagens. Agora, se não há nem isso, fica difícil que o produto faça algum tipo de sucesso fora do seu país.
Foi mais ou menos nesse esquema que eu descobri o ótimo Execução ao Vivo (Witness to the Execution, 1994), uma produção americana discreta e eficiente que pode se tornar uma boa sessão de vídeo na sua casa.
Só que foi algo além da boa imagem da capa... Ao pegar o vídeo, vi que o filme era protagonizado pela interessante Sean Young. Alguns podem ter se esquecido dela, mas aqueles que se tornaram fãs do cult Blade Runner O Caçador de Andróides (Blade Runner, 1982), certamente irão se lembrar da atriz que fez a bela e resignada andróide Rachael. A atriz tem uma carreira ininterrupta (vide IMBb), mas não conseguiu repetir o sucesso obtido nos seus primeiros papéis em seus trabalhos seguintes. A garota, espertamente, rumou para as produções de TV e garantiu seu espaço em boas produções.
No filme em questão, produzido em 1993 e lançado em 1994, existe um idéia visionária quando se cria um futuro não muito distante, sem muitos artifícios e fantasias, em que as televisões não medem esforços para chamar a atenção do público. Violência e exposição de vidas são as discussões principais da produção. E olhem que, naquela época, não tínhamos os Big Brothers da vida. Sean Young é a produtora executiva de um programa de TV que resolve fazer a audiência da emissora dar um pico, aproveitando-se do interesse do público na história de um carismático e charmoso sentenciado prestes a ser executado pelos seus crimes de assassinato e estupro. A pauta: mostrar os últimos momentos do condenado e transmitir a sua execução ao vivo.
Fechando acordo com o dono da emissora chamada Tycon, cuja vinheta aparece em pontos chaves do filme, a moça inicia seu trabalho certa de que sucesso e lucro iriam ser os resultados de seu investimento.
O problema começa quando ela conhece pessoalmente o condenado galã, interpretado pelo gabaritado Tim Daly, e passa a se sentir insegura com relação às suas propostas. Ele, contando uma história aqui e outra lá, desperta na moça a dúvida sobre sua culpa, num interessante jogo de sedução.
Preocupada em estar cometendo uma injustiça, a jornalista começa uma investigação desesperada para apurar a realidade dos fatos, sabendo que tinha dois grandes empecilhos: o tempo para o programa ir ao ar e o compromisso que ela firmou com seus patrocinadores.
Além de Young e Daly, merece destaque a participação da veterana Dee Wallace-Stone, que apresenta uma personagem com ritmo e linha de interpretação que aceleram e instigam ainda mais as dúvidas acerca do condenado, fazendo com que fiquemos tão apreensivos quanto a personagem central.
Sean Young, por sua vez, tem a chance de brilhar numa sequência final intensa, com um resultado complexo, idílico e ambíguo.
Além de Young e Daly, merece destaque a participação da veterana Dee Wallace-Stone, que apresenta uma personagem com ritmo e linha de interpretação que aceleram e instigam ainda mais as dúvidas acerca do condenado, fazendo com que fiquemos tão apreensivos quanto a personagem central.
Apesar de alguns tropeços da direção, o filme segue num ritmo crescente e prende a atenção até o fim. E este fim é a combinação de tudo que é sugerido ao longo da história, podendo ser interpretado sob vários prismas, o que expressa claramente a criatividade e os méritos da produção.
Sean Young, por sua vez, tem a chance de brilhar numa sequência final intensa, com um resultado complexo, idílico e ambíguo.
3 comentários:
Oi Gilvan, não conhecia este filme. Estava lendo algumas coisas recentes sobre a Sean Young e fiquei sabendo que ela tá meio que surtada atualmente. Na premiação dos sindicatos de diretores em 2008,no momento em que um dos indicados - o Julian Schnabel do Escafandro e a Borboleta - discursava, ela estava na platéia falando alto para chamar a atenção, até que o Schnabel lá da frente se enfezou e os dois começaram a bater boca , até que a Sean foi expulsa do auditorio.
E achei essa loira do Filme, a cara da Olivia Newton Jonh atualmente.
Oi, Flávio.
Acho que não é uma coisa de atualmente. A Sean Young tem histórico de bagunças na sua vida pessoal. Há anos, ela colocou fogo no apartamento do ator James Woods porque ele terminou o namoro com ela. Surtada ela sempre foi, mas ainda bem que é uma grande atriz :-)
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