sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Frases Memoráveis do Cinema - 2ª Parte

Dando sequência às frases que foram proferidas em filmes e que se tornaram célebres, segue a  segunda parte da relação que, desta vez, à exceção de O Mágico de Oz,  irá se concentrar em filmes mais recentes.

Se ainda não viu, confira a 1ª Parte que, dentre outras histórias, eu conto como foi formulada a pesquisa.
A frase: "You either die a hero or live long enough to see yourself become the villain
(Ou você morre herói, ou vive o suficiente para se tornar o vilão.)
Quem proferiu: Harvey Dent (Aaron Eckhart)
Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008)

 "My mama always said: life is like a box of chocolates. You never know what you're gonna get.” (Minha mãe sempre dizia: a vida é como uma caixa de chocolate. Você nunca sabe o que vai encontrar.)
Quem proferiu: o ator Tom Hanks (como Forrest Gump)
Qual filme: Forrest Gump O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994)

A frase: “What you do in life echoes in eternity” 
(O que você faz nesta vida ecoa na eternidade)
O personagem Maximus de Russell Crowe
O Gladiador (Gladiator, 2000)
A frase:
"And lo, the beast looked upon the face of beauty. And it stayed its hand from killing. And from that day, it was as one dead." (Um dia a fera olhou a face da beleza; e a beleza acalmou a fera. Desde esse dia então, a fera ficou a merce da morte)  
Quem proferiu: Carl Denham, personagem de Jack Black
 em King Kong (Idem, 2005).

A frase: "The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return."
(A coisa mais importante que você pode aprender é só amar e ser amado em troca)
Frase do personagem de Ewan McGregor, em Moulin Rouge - Amor em Vermelho (Moulin Rouge, 2001).

 "I've a feeling we're not in Kansas any more".
(Tenho a impressão de que não estamos mais no Kansas)
Quem disse: a Dorothy de Judy Garland
Onde: O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939)


"Find me that piece of paper I had in my hand yesterday morning"
(Encontrem um pedaço de papel que estava na minha mão ontem de manhã)
Quem disse: a diabólica e divertida Miranda Priestly de Meryl Streep
Em O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada, 2005)
Continua...
(Veja aqui a parte 3)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mais um Tributo a Alfred Hitchcock

No ano em que Psicose (Psycho, 1960), a obra mais famosa do Mestre do Suspense, completa 50 anos, nada mais apropriado do que apresentar uma coletânea dos momentos ímpares dos filmes do cineasta. 

É claro que muitas cenas ficaram de fora, mas o vídeo que eu montei  é um bom demonstrativo das várias técnicas empregadas por Hitchcock, sendo muitas delas pioneiras e seguidas (ou imitadas) por discípulos e admiradores da Sétima Arte.

Na seleção, não poderiam ficar de fora aqueles atores que caíram no gosto do Mestre e que apareceram  em mais de um filme, tais como James Stewart, Cary Grant, Grace Kelly, Tippi Hedren,  Farley Granger, Ingrid Bergman e Vera Miles.

Tive que fazer uma busca no Youtube para achar e inserir trechos que não constavam no vídeo inicial, que serviu de base para minha montagem, pois não seria justo ignorar cenas dignas de serem vistas e revistas pelos fãs de Hitchcock. Dentre elas, destaco:

1 - As cenas do jantar e da viagem de trem de À Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, 1943), declarado pelo próprio Mestre como um de seus filmes preferidos (a história é realmente muito envolvente), em que a jovem Charlie (Tereza Writh) finalmente confronta o seu galante Tio Charles (Joseph Cotten), suspeito de ser um serial killer. Uma mescla de admiração, medo, dúvida e flertes perigosos entre a dupla.

 2 - O ataque das aves furiosas em Os Pássaros (The Birds, 1963), numa produção que lançou e deu  grande destaque à bela loira Tippi Hedren.
3 - O susto na personagem e na platéia em dois grandes momentos do clássico Psicose (Psycho, 1960): a cena em que a determinada irmã da protagonista revista o quarto da Sra. Bates e se assusta com a própria imagem refletida no espelho, e no momento crucial do terceiro ato em que Vera Miles dá um dos mais famosos gritos de horror da história do cinema.
4 - A cena da fuga e do carro desgovernado do casal de picaretas (Bruce Dern e Barbara Harris - ótimos) em Trama Macabra (Family Plot, 1976), filme em que Harris tem uma das performances mais tresloucadas da história de loiras protagonista de filmes de Hitchcock. Alguns dizem que ela esteve exageradamente  chata no filme, mas eu gostei.
5 - O detalhe de sombras no close no rosto dos dois policiais (John Longden e Donald Calthrop) que vão à caça do malandro em Chantagem e Confissão (Blackmail, 1929), filme da fase inglesa do cineasta em que já podemos perceber o estilo de montagem e transição de cenas que viriam a se solidificar na fase norte-americana.
6 - Os momentos de maldade e loucura da Sra. Danvers, a governanta que atormenta a vida da jovem segunda esposa de seu patrão, em duas cenas: o incêndio da mansão e a mordaz sugestão de suicídio  dada para insegura Sra. de Winter (Joan Fontaine).
7 - A fuga desesperada de um executivo confundido com um agente, em Intriga Internacional (North by Northwest, 1959). O personagem central, interpretado pelo ator preferido de Hitchcock, o elegante Cary Grant, procura escapar de toda maneira de um avião que o persegue. Também neste filme, cenas de ação e tensão com a mocinha (Eva Marie Saint) correndo perigo e o herói sempre pronto para lutar e defender seu afeto.
8 - As desventuras da malfadada heroína de Janet Leigh em Psicose (Psycho, 1960) e o comportamento sinistro de seu admirador Norman Bates (Anthony Perkins), numa produção que fez um personagem ficar mais famoso que o ator.
9 - As vertigens e os dilemas do detetive interpretado por James Stewart em Um corpo que Cai (Vertigo, 1958), um dos mais respeitado filme do diretor. Como se já não bastassem seus traumas do passado, o detetive ainda precisa lidar com a complexa e requintada personagem de Kim Novak, em seu melhor papel no cinema.
10 - Dúvida e apreensão numa ligação telefônica que decidiria o destino de uma linda  e infiel esposa  (Grace Kelly), em Disque M para Matar (Dial M for Murder, 1954). Do outro lado da linha, o rancoroso e dissimulado marido traído (Ray Milland) não esperava a destreza da jovem mulher...

E, também, antológicas cenas de:
  • Frenesi (Frenzy, 1972);
  • Topázio (Topaz, 1969);
  • Cortina Rasgada (Turn Curtain, 1966), com Paul Newman e Julie Andrews;
  • O Homem Errado (The Wrong Man, 1958), com Henry Fonda e Vera Miles;
  • O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956, com James Stewart e Doris Day;
  •   O Terceiro Tiro (The Trouble with Harry, 1956), que tem a feliz estréia da levada Shirley McLaine no cinema;
  • Ladrão de Casaca (To catch a thief, 1955), com Cary Grant e Grace Kelly;
  • Janela Indiscreta (Rear Window, 1954), com James Stewart e Grace Kelly;
  • A Tortura do Silêncio (I confess, 1952), com Montgomery Cliff;
  • Pacto Sinistro (Strangers in a Train, 1951), com Farley Granger e Robert Walker;
  • Sob o Signo de Capricórnio (Under capricorn, 1949), com Ingrid Bergman e Joseph Cotten; 
  • Festim Diabólico (Rope, 1948), com James Stewart, Farley Granger e John Dall; 
  • Quando Fala o Coração (Spellbound, 1945), com Gregory Peck e Ingrid Bergman.

Bem, vejam o vídeo...

    sábado, 2 de outubro de 2010

    Execução ao Vivo

    Existem alguns filmes norte-americanos feitos para TV que vão direto para as locadoras aqui no Brasil e que não recebem sequer um destaque nos catálogos de lançamentos.

    Se o filme tiver uma capa bem elaborada, ele tem uma  boa chance de despertar  curiosidade naqueles que escolhem o entretenimento pelas imagens. Agora, se não há nem isso, fica difícil que o produto faça algum tipo de sucesso fora do seu país.

    Foi mais ou menos nesse esquema que eu descobri o ótimo Execução ao Vivo (Witness to the Execution, 1994), uma produção americana discreta e eficiente que pode se tornar uma boa sessão de vídeo na sua casa.
    Só que foi algo além da boa imagem da capa...  Ao pegar o vídeo, vi que o filme  era protagonizado pela interessante Sean Young. Alguns podem ter se esquecido dela, mas aqueles que se tornaram fãs do cult Blade Runner O Caçador de Andróides (Blade Runner, 1982), certamente irão se lembrar da atriz que fez a bela e resignada andróide Rachael. A atriz tem uma carreira ininterrupta (vide IMBb), mas não conseguiu repetir o sucesso obtido nos seus primeiros papéis em seus trabalhos seguintes. A garota, espertamente, rumou para as produções de TV e garantiu seu espaço em boas produções.

    No filme em questão, produzido em 1993 e lançado em 1994, existe um idéia visionária quando se cria um futuro não muito distante, sem muitos artifícios e fantasias, em que as televisões não medem esforços para chamar a atenção do público. Violência e exposição de vidas são as discussões principais da produção. E olhem que,  naquela época, não tínhamos os Big Brothers da vida. Sean Young é  a produtora executiva de um programa de TV que resolve fazer a audiência da emissora dar um pico, aproveitando-se do interesse do público na história de um carismático e charmoso sentenciado prestes a ser executado pelos seus crimes de assassinato e estupro. A pauta: mostrar os últimos momentos do condenado e transmitir a sua execução ao vivo.
    Fechando acordo com o dono da emissora chamada Tycon, cuja vinheta aparece em pontos chaves do filme, a moça inicia seu trabalho certa de que sucesso e lucro iriam ser os resultados de seu investimento.

    O problema começa quando ela conhece pessoalmente o condenado galã, interpretado pelo  gabaritado Tim Daly, e passa a se sentir insegura com relação às suas propostas. Ele, contando uma história aqui e outra lá, desperta na moça a dúvida sobre sua culpa, num interessante jogo de sedução.

    Preocupada em estar cometendo uma injustiça, a jornalista começa uma investigação desesperada para apurar a realidade dos fatos, sabendo que tinha dois grandes empecilhos: o tempo para o programa ir ao ar e o compromisso que ela firmou com seus patrocinadores.

    Além de Young e Daly, merece destaque a participação da veterana Dee Wallace-Stone, que apresenta uma personagem com ritmo e linha de interpretação que aceleram e instigam ainda mais  as dúvidas acerca do condenado, fazendo com que fiquemos tão apreensivos quanto a personagem central.
    Apesar de alguns tropeços da direção, o filme segue num ritmo crescente e prende a atenção até o fim. E este fim é a combinação de tudo que é sugerido ao longo da história, podendo ser interpretado sob vários prismas, o que expressa claramente a criatividade e os méritos da produção. 

    Sean Young, por sua vez, tem a chance de brilhar numa sequência final intensa, com um resultado complexo, idílico e ambíguo.