Guillermo del Toro se projetou no mundo cinematográfico ao produzir e dirigir o curioso Labirinto do Fauno (El laberinto del fauno, 2006), apesar de já ter em seu currículo outros dois filmes também expressivos.
A bela Jessica Chastain está em alta por ter sido indicada ao Oscar de Melhor Atriz por seu trabalho no longa A Hora mais Escura (Zero Dark Firty, 2012).
E parece que é exatamente nessas duas pessoas que a divulgação do filme Mama (idem, 2013) tem se concentrado para despertar interesse no grande público e angariar uma boa plateia. Tanto que vários dos cartazes promocionais dão a impressão de que se trata de uma história que gira em torno da personagem de Chastain. O papel nem é tão bom assim e poderia ter sido destinado a uma Lindsay Lohan (aquela bonitinha maluca).
Depois te ter assistido ao filme, fui procurar algumas sinopses pela internet e me deparei com um texto padrão, utilizado em vários sites, com uma introdução estapafúrdia, que se distancia do conteúdo inicial do longa. Quem foi o autor dessa proeza?
Um empresário bem-sucedido, após uma crise no trabalho, surta e assassina a sua esposa. Desesperado, ele pega as duas filhas pequenas, coloca-as dentro de seu carro e sai em disparada por uma estrada em plena nevasca. Nervoso com as constantes perguntas das duas crianças (lindas por sinal), ele perde o controle do carro e cai numa ribanceira. Eles não sofrem nada (!) e aparecem andando floresta adentro até chegarem a uma cabana isolada. Uma cena assustadora encerra essa fase do primeiro ato. Passados cinco anos, o irmão do empresário (interpretado pelo mesmo ator: Nikolaj Coster-Waldau) recebe a surpreendente notícia de que as garotas foram encontradas. A cena em que elas são achadas é de um visual bem acertado, pois transmite com propriedades o aspecto sombrio e assustador do momento.
Não se sabe exatamente como as garotas sobreviveram, o que, pelo menos no início, não é dada a devida importância, visto que o rapaz quer a recuperação e a socialização das sobrinhas. Para transformá-las em meninas legais, ele conta com a ajuda de sua namorada (Jessica Chastain) e de um profissional de psiquiatria (Daniel Kash).
Jessica interpreta a desagradável Annabel, uma cantora de rock bem underground, perfeita para cuidar de meninas em situação delicada.
Durante o processo de adaptação, o casal percebe que as meninas, além de se comportarem de forma estranha, conversavam com alguma coisa. Quando situações sinistras começam a acontecer naquele lar, eles desconfiam de que as garotinhas tinham trazido algo aterrador junto com elas. Afinal, elas teriam sobrevivido sozinhas na cabana abandonada?
Sabe essa coisa de algo sobrenatural que rola no chão durante uma briga com um humano? Isso foi um SPOILER? Fantasma é fantasma, entidade é entidade, serial killer é serial killer. Afinal, o que é a tal da Mama? Para o meu gosto, é nesse e em alguns outros aspectos que o filme falha; por não saber se centrar numa abordagem linear, por se perder em pistas e em situações que pouco convencem. Além disso, a estrambótica Mama só assusta aqueles que não estão acostumados às figuras bizarras concebidas nos filmes de terror mais recentes. Não deixa de ser um bom trabalho de CGI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário