domingo, 13 de setembro de 2009

A Órfã

Não é possível comentar "A Órfã" (Orphan, 2009) sem destacar o ótimo trabalho da garota que dá o título ao filme. Alguns críticos compararam o trabalho da bonitinha Isabelle Fuhrman àqueles desempenhados por Kirsten Dunst e Natalie Portman em "Entrevista com o Vampiro" (Interview with the Vampire, 1994) e "O Profissional" (Léon, 1994), respectivamente. Ambas atrizes tinham apenas 12 anos à época dessas produções e assumiram papéis com certa complexidade para uma criança. O mesmo ocorreu com a pequena Isabelle Fuhrman.

Na trama, ela é Esther, uma garota órfã de 9 anos que consegue conquistar a atenção de um casal aparentemente feliz. Mostrando-se prendada, muito inteligente e de um recato fora do comum, a pequena Esther se encaixa bem no vazio que o casal carrega após a morte prematura da terceira filha legítima deles. Sendo adotada e tendo todas as garantias de que seria tratada como alguém da família, Esther começa a mostrar um raciocínio maquiavélico, ameaçandos os irmãozinhos, enganando o pai e descontrolando a instável mãe.


Atualmente com 12 anos (ela tinha 11 durante as gravações), a garota deve ter sido muito bem instruída para sair de seu universo infantil e encarnar uma figura malévola. Não é sempre que nos deparamos com um ser tão perverso como Esther em produções com parte do elenco infantil.

Também merecem destaque a charmosa Vera Farmiga, de "Os Infiltrados" (The Departed, 2006), no papel da mãe dedicada e ex-alcóolatra que, exatamente por essa condição, é desacreditada ao perceber o comportamento sinistro da menina, e a estreante Aryana Engineer, que interpreta a encantadora Max, uma garotinha surda e muda.

Peter Sarsgaard, de "A Chave Mestra" (The Skeleton Key, 2005), e a sempre agradável CCH Ponder, a Brenda de "Bagdad Cafe" (Out of Rosenheim, 1987), completam o time de atores da trama central e defendem seus papéis com afinco e credibilidade.

Existe uma certa previsibilidade na trama, pois os indícios do segredo não são elaborados como deveriam, deixando situações que poderiam passar sem grande evidência (aquelas dicas que nos são jogadas durante o filme, mas que não percebemos tratar-se de uma grande pista) como um claro sinal de parte do quebra-cabeça. Dessa forma, os espectadores mais atentos descobrem antes do terceiro ato o que é aquela garotinha esquisita.
Mas até isso não compromete o entretenimento, posto que, apesar das revelações de impacto mediano, o desempenho do elenco e a montagem das cenas finais garantem um filme acima da média, com direitos a muitos sustos e uma tensão poucas vezes vistas no cinema.

Ao final, depois da garotinha ser submetida a cenas tão intensas, constatamos que trata-se de uma pequena estrela. É muito bom vê-la em entrevistas e nos eventos de divulgação do longa. Dessa maneira, confirmamos que ela é uma garota normal, graciosa e muito inteligente.

Um comentário:

Unknown disse...

nossa esse filme ' A ófã' juro que foi o melhor que assisti manow huUAH *-* - seila super legal .. confeço que fiquei um pouco de medo da Esther quando chegava a noite :x - UHAHUAUHA, mais é isso ae, estão de parabéns os diretos, atores desse filme !