quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ilustrações: 10 Vezes Tom Hanks





1 - À Espera de Um Milagre (The Green Mile, 1989)
2 - Uma Sereia em Minha Vida (Splash, 1984)
3 - Quero Ser Grande  (Big, 1988)
4 - Uma Dupla Quase Perfeita (Turner & Hooch , 1989)
5 - Forrest Gump, O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994)
6 - Apollo 13 (idem, 1995)
7 - Toy Story (idem, 1995)
8 - O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, 1998)
9 - Náufragos (Cast Away, 2000)
10 - O Código Da Vinci (The Da Vinci Code, 2006)
 
Ilustrações: Blake LoosliJeff Victor


sábado, 11 de maio de 2013

Homem de Ferro 3


A parte final de uma trilogia de sucesso no cinema sempre traz ansiedade, especulação, e por que não dizer, temor. E quando se trata daquele arrasa-quarteirão que transpõe um cultuado comic para tela grande, a possibilidade de alvoroço é ainda maior. Neste caso, além do habitual público do cinemão,  existe uma outra legião a ser considerada: os ferrenhos fãs dos quadrinhos que se sentem no dever de fazer comparações e apontar os erros na adaptação.

As imensuráveis divulgações começam bem antes da estreia (para não dizer que começam até mesmo durante a projeção dos créditos finais do filme anterior). Nesse contexto, acompanhamos desde então informações sobre escalação do elenco, salários negociados, contratação de diretores, desligamento de profissionais e vários outros detalhes das fases pré e pós-produção. Ficamos sabendo, também, das brigas entre grandes estúdios. Em casos extemos, acontecem vazamentos de fotos e vídeos, chegando ao cúmulo de, algumas vezes, captarem e divulgarem até a produção inteira.


Antes do simples entretenimento, a indústria do cinema é um negócio rentável. E perigoso. Temos vários exemplos de partes finais de trilogias que sofreram rejeições do grande público mesmo após estudos, pesquisas e sessões experimentais. Em alguns casos, boatos negativos levam os produtores a divulgarem  teasers de impacto, somente para atenuar alguma balbúrdia. E são em ações como essa que temos exemplos clássicos de cenas de trailers que não apareceram na versão final do longa.

Com o Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, 2013) não foi diferente. Foram muitas notícias, muito alarde, muitos teasers, muitas fotos de bastidores e, ao final, algumas decepções.

É o tipo de filme para ser visto no cinema. Grandes efeitos, trama dinâmica (morna em alguns momentos) e definição do rumo de alguns personagens.


Vejamos:

a) um grande inimigo sofre uma mutação que o deixa com poderes capaz de eliminar o mundo; b) desafiado e com sede de poder, o vilão causa destruições e pânico; c) herói entra em crise de identidade e precisa de um certo tempo; d) mocinha do filme é colocada em grande perigo e somente seu amado pode salvá-la. 

De qual filme estou falando? Spider-Man 3, Superman 3, Hulk, Batman, Wolverine?  De todos eles, não é mesmo? Parece que existe um certo receio de sair desta fórmula e entrar numa proposta mais ousada, visto que é muito dinheiro envolvido. Mas surpresa e coragem são elementos muito bem-vindos, o que não temos visto ultimamente nos roteiros de super produções. Se não trouxerem o arqui-inimigo, corre-se o risco de haver uma predisposição à rejeição pelo filme. Então divulgam um nome conhecido (ao menos para os nerds, viciados em comics e marmanjos infantis de plantão), para que o entusiasmo esteja voltado à vontade de ver o tratamento que foi dado ao personagem do quadrinho na tela. Aí vale quase tudo, até uma certa cilada...

Desta vez, quando o terrorista Mandarim (Ben Kingsley, ótimo) provoca uma explosão que atrai a atenção de Tony Stark (Robert Downey, Jr.), este, num ímpeto de revolta, desafia o inimigo para um confronto, divulgando seu endereço em rede mundial. Furioso e com armas letais à sua disposição, o maníaco surpreende a todos e destrói a fortaleza do Homem de Ferro, fazendo com que o heroi seja dado como morto.


Sem o seu braço direito Happy Hogan (Jon Favreau), que se feriu num dos ataques do Mandarim e entrou em estado de coma, e sem a namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), que escapou do ataque à mansão, mas foi afastada do heroi; Tony Stark ruma para cidade em que ocorreu uma das estranhas explosões que vinham assustando a população.

Aprofundando-se em suas investigações, mesmo acometido por sensações de pânico e vertigens, Tony Stark, descobre que o Mandarim estava usando uma perigosa tecnologia desenvolvida pelo geneticista Aldrich Killian (Guy Pearce), o que possibilitava a criação de um exército mutante com alto poder de destruição. 


Tendo de superar seus traumas e usar sua criatividade para invadir o espaço do Mandarim, Tony Stark tem uma grande surpresa na sua empreitada, precisando repensar sua estratégia e lidar com outros inimigos com potencial de ataque.

O roteiro mal cuidado do filme não explica alguns pontos importantes, deixando as cenas de ação serem maiores que a história em si. Da mesma forma, a edição final, sempre sujeita a cortes, acabou deixando personagens interessantes com pouca expressão no longa, como a bela cientista Maya Hansen (Rebecca Hall), ao passo que uma criança peralta aparece mais do que deveria. Sorte para Gwyneth Paltrow que, ao contrários dos outros filmes, teve maior importância nesta terceira parte, saindo da tarefa de interpretar tão somente a mocinha abnegada da história. Justiça seja feita ao talento e carisma da Downey Jr.,  mas o destaque ficou mesmo com o veterano Ben Kingsley, que transita feito um mestre entre um terrorista cruel e um...  Deixa pra lá...

O vilão mata a tudo e a todos, mas quando tem a oportunidade de liquidar alguém que realmente poderia colocá-lo em perigo, como o personagem James Rhodes (do chato Don Cheadle), ele se contenta com um golpe qualquer, deixando-o vivo e sem ferimentos.


Os efeitos especiais são incríveis, mas não é por menos: a lista de nomes e de empresas mostrados nos créditos finais do filme chega a impressionar. É muita gente, é muita tecnologia envolvida.

Falando em efeitos, destaque para duas cenas: aquela em que a fortaleza do heroi é atacada pelo exército do Mandarim, como também para o momento em que o Homem de Ferro salva a tripulação de um avião, instruindo-os a uma perfeita composição de queda livre.

Com relação ao golpe que a produção deu nos impetuosos leitores das histórias em quadrinhos, penso que, para não chocar tanto, deveriam ter desenvolvido uma trama em que o vilão original, um ser ardiloso, após alguns atos terroristas, desaparece em suas fortalezas secretas (ora, Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden fez isso por um bom tempo), levando o seu financiador a forjar uma história convincente e arrumar um impostor. Mas não... Optaram por um recurso hilário! Pelo bem ou pelo mal, o argumento escolhido deu, mais uma vez, a chance de Ben Kingsley mostrar que é um mestre na arte de interpretar.  Esse assunto de novo? Acho que estou com vontade de escrever um SPOILER...

No mais, apesar das falhas, a ida ao cinema é um entretenimento de primeira.