A população local de uma cidade da Alemanha deve ter se assustado com um anúncio de jornal, no qual o autor manifestava interesse em comprar vários ratos. E não eram aqueles criados em laboratórios, mas o animal naquele seu aspecto mais sujo e repugnante mesmo.
A coisa foi ainda pior por ter ocorrido no início dos anos 20 do século passado.
O cineasta F.W. Murnau (1888-1931) plagiou o romance Dracula (1897), do escritor irlandês Bram Stoker, e produziu um dos melhores expoentes do expressionismo alemão, com o título de Nosferatu (Nosferatu, eine Symphonie des Grauens, 1922). Os ratos faziam parte dos objetos cênicos do filme de terror, o que, nos dias de hoje, poderiam ser substituídos por criaturas digitais.
Com a apropriação indevida da obra, o filme teve o roteiro claramente copiado do romance Drácula, tendo havido apenas alterações dos lugares e dos nomes dos personagens. Murnau havia tentado negociar a liberação com a família do autor da obra, mas a viúva de Stoker se recusou a vender os direitos autorais ao cineasta, então, o maluco resolveu filmar assim mesmo, promovendo as insignificantes modificações de denominações.
O diretor foi processado e, por este motivo, cópias do filme foram recolhidas e destruídas, porém, alguns exemplares foram guardados (escondidos) e foram disponibilizados após vários anos. Apesar da ilegalidade, o filme tornou-se uma referência no seguimento de filmes de terror, sendo um grande representante da técnica expressionista, brilhantemente conduzida por Murnau.
O longa inicia sua narrativa com a história de Hutter (Gustav von Wangenheim), um ingênuo corretor de imóveis, que viaja para vender um castelo, situado às margens do Mar Báltico, de propriedade do estranho conde Graf Orlock (Max Schreck, tão esquisito quanto o personagem). O conde, na realidade, é um vampiro que intenciona mudar-se para Bremen, Alemanha. Fascinado pela esposa de Hutter, Ellen (Greta Schröder), a qual ele conhece por uma fotografia, Orlock viaja para a cidade em que vive a jovem, intencionando possuí-la, trazendo terror e destruição ao local.
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O diretor foi processado e, por este motivo, cópias do filme foram recolhidas e destruídas, porém, alguns exemplares foram guardados (escondidos) e foram disponibilizados após vários anos. Apesar da ilegalidade, o filme tornou-se uma referência no seguimento de filmes de terror, sendo um grande representante da técnica expressionista, brilhantemente conduzida por Murnau.
O longa inicia sua narrativa com a história de Hutter (Gustav von Wangenheim), um ingênuo corretor de imóveis, que viaja para vender um castelo, situado às margens do Mar Báltico, de propriedade do estranho conde Graf Orlock (Max Schreck, tão esquisito quanto o personagem). O conde, na realidade, é um vampiro que intenciona mudar-se para Bremen, Alemanha. Fascinado pela esposa de Hutter, Ellen (Greta Schröder), a qual ele conhece por uma fotografia, Orlock viaja para a cidade em que vive a jovem, intencionando possuí-la, trazendo terror e destruição ao local.
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A produção apresentou um vampiro de perfil demoníaco e aparência grotesca, o que causou grande impacto na época de seu lançamento, e trouxe ainda um trabalho visual de curiosa elaboração, o que garantiu destaque e representatividade do filme na galeria de bens sucedidos no gênero horror. Apesar de toda esse destaque, este exemplar de terror, visto nos dias de hoje, não chega a ser assustador, tendo algumas cenas que podem até ser consideradas risíveis. No entanto, sua atmosfera sombria permanece causando admiração nos estudiosos de cinema, podendo despertar algum tipo de medo nos desavisados de plantão.
O excêntrico ator Max Schreck se tornou uma figura tão lendária no mundo cinematográfico que o filme A Sombra de um Vampiro (Shadow of the Vampire, 2000) teve a ousadia de contar os bastidores da produção alemã, colocando o ator principal (brilhantemente interpretado por Willem Dafoe) como um vampiro de verdade, razão pela qual artista e personagem tiveram grande interação e verossimilhança.
Para quem assistiu ao Drácula de Bram Stoker (1982), de Francis Ford Coppola, com Gary Oldman, Winona Ryder e Keanu Reeves, deve ter percebido que o argumento e personagens são os mesmos do cultuado filme alemão, uma vez que se baseiam na mesma obra.
O filme de 1992 tem uma impressionante cena, na qual o vampiro monstruoso é encurralado e, para escapar, transforma-se em milhares de ratos, num perfeito trabalho de efeito especial.
E esses muitos ratos foram produzidos com a tecnologia CGI. Os atores de hoje agradecem.
E esses muitos ratos foram produzidos com a tecnologia CGI. Os atores de hoje agradecem.