quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Elas são bonitas...

...e têm as línguas afiadas.

"Se a mulher se comportasse como esses caras, nunca mais conseguiria emprego no cinema e seria chamada de vagabunda e viciada."
Drew Barrymore, atriz de 33 anos, falando sobre seus colegas de profissão Christian Slater e Robert Downey Jr, famosos por suas arruaças e prisões por porte de drogas.





"Se Robert De Niro engorda para fazer um filme, as pessoas o chamam de gênio; se acontece o mesmo comigo, eu sou chamada de vaca gorda."
Kathleen Turner, atriz de 54 anos, embora bem-humorada, rebatendo as críticas que recebe sobre sua atual forma física.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Golden Globe para Colin Farrell

Na postagem do dia 13 de novembro de 2008, eu fiz o comentário sobre o longa "Na Mira do Chefe" (In Bruges, UK, Belgium, USA, 2008) por achar que o filme não teve a devida divulgação e reconhecimento do grande público aqui no Brasil.
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Dentre as observações, eu mencionei o brilhante trabalho de Brendan Gleeson, assim como do seu parceiro em cena, o talentoso Colin Farrell. Pelo visto a pouca atenção ocorreu no nosso país, pois a crítica e os espectadores norte-americanos souberam evidenciar um filme de qualidade acima da média.

"Na Mira do Chefe" (que título!) foi indicado como Best Motion Picture - Musical or Comedy (vou manter a expressão no original por não concordar com esta classificação, e também porque a tradução é óbvia - uma questão de claro cognato) na 66th Annual Golden Globe Awards. Não venceu, mas o filme deu o prêmio de melhor ator para Colin Farrell.

Leiam novamente o comentário e não deixem de conferir o filme. Bom entretenimento!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Deception

A Lista - Você está livre hoje?

Respondam que não, ok? Vamos lá:

O que esperar de um filme que custou US$ 25 milhões, que apresenta um pôster sombrio e instigante e que tem como protagonistas dois grandes astros do momento? Ao menos um bom entretenimento, não acham? Podendo ser aqueles que a gente até esquece no dia seguinte, mas que valeu a pena durante a sessão. Como não houve alardes, eu esperava ver um filme mediano, no mínimo...

Filmes com bom elenco e bem produzidos já amargaram fracassos de bilheterias em virtude daquelas reações surpresas do grande público. Aquelas situações difíceis de se prever. Não é o caso de "A Lista" (Deception, USA, 2008), considerando que, logo nas cenas iniciais, notamos que o filme irá nos contar uma história vista por milhares de vezes. Isto é um problema? Claro que não, visto que temos diversas obras ou temas que frequentemente (olhem a nova ortografia aí, pessoal!) são revisitadas, e com sucesso! A falha de "A Lista" é que diretor, roteirista e produtores nem se preocuparam em propor algum tipo de inovação, ainda que mediana. E os atores fizeram o que lhes cabiam: receberam seu cachê e representaram os personagens nada desafiadores. Acredito que eles estavam cientes de que o enredo era uma bobagem.


Estrelado pelos famosos Hugh Jackman e Ewan McGregor, contando com a atuação da atriz em ascenção Michelle Williams (do seriado de TV "Dawson's Creek") e da ilustre veterana Charlotte Rampling, o filme "A Lista" é uma enganação do início ao fim.

A frase no pôster chega a ser estúpida, pois já nos dá uma grande indicação da proposta secreta do filme: "Ninguém é o que parece ser". Sem falar no trailer... Eu só fui vê-lo depois de assistir ao filme. Procurei na internet, assisti e quase ri. Não sei se foi de decepção ou de pura constatação. Acreditem! Basta ver o trailer para ficar sabendo de toda trama.

É a velha história de um executivo certinho que conhece um colega mais arrojado e fica encantado com o jeito desenvolto, seguro e feliz do outro. Percebendo que sua vida é muito monótona, o corretinho se deixa seduzir por uma promessa de maiores emoções na sua contida existência. O geralmente criterioso Ewan McGregor, um ator de inegável preparo e prestígio, interpreta o certinho Jonathan McQuarry, um auditor corporativo que, por conveniência para o intuito do "inspirado" argumento, trabalha com exorbitantes capitais de terceiros: números, números, números... A função exata para um bobo prestes a cair na garra de um espertão.

O colega arrojado, que se apresenta como Wyatt Bose, um advogado do grande centro empresarial, é interpretado pelo imponente e expressivo Hugh Jackman. Pelo menos nisto o filme acerta: Jackman é alto, elegante e forte o bastante para impressionar o franzino e delicado McGregor. Um auxílio, ainda que meramente ilustrativo, para fortalecer a idéia do poder que o bem-vivido tem sobre o inexperiente.

Mas vejam bem: um contador ingênuo e um requintado advogado... Haja criatividade!

Além de esporte, saídas e paqueras, o admirado colega oferece a possibilidade de adrenalina e sexo fácil ao tímido executivo. O jogo da acidental troca de aparelhos celulares é de uma desagradável falta de imaginação. Voltando um pouco mais no início, a cena em que o personagem de McGregor vai perguntar à recepcionista onde é a sala de Wyatt Bose, e é interrompido pelo próprio no mesmo instante (ele chegou na hora exata!), também é de uma crueza absurda. É claro que ela não o conhecia, ele nem trabalhava naquele prédio... Foi tão difícil concluir isto.

O subtítulo em português "Você está livre hoje?" foi jogado na cara do público para justificar a escolha do título para nossa língua pátria. Sejamos sinceros: até que ficou mais atraente do que o original. Por quê? A denominação norte-americana também entrega o filme! Deception (fraude, logro, engano... ilusão). O que vocês acham que estava reservado para o entusiasmado McQuarry?

O tolo começa a conhecer e a ter momentos de prazer com diversas mulheres, dentre elas a linda Natasha Henstridge, uma atriz que pareceu ser uma grande promessa ao estrelar "A Experiência", mas que não teve o destaque merecido nos trabalhos seguintes.

A sempre interessante Charlotte Rampling também é uma agradável aparição. Com mais de 60 anos, a atriz inglesa de enigmáticos olhos claros ainda conserva a sensualidade que lhe fez famosa. Foram muitos os filmes em que Rampling apareceu nua e em cenas insinuantes. Sua participação especial neste filme não foi por acaso.
As aventuras noturnas vão tomando tempo de McQuarry, dando-nos a impressão de que o rapaz estava com a vida completamente desregrada, vivendo somente de encontros casuais.

Numa determinada noite, ele conhece um bela loira (coincidentemente a mesma garota que ele já tinha visto numa estação de metrô e que ele havia ficado interessadíssimo... Sacaram?) e se vê diante de alguém completamente diferente das outras mulheres. A garota tinha princípios. Por quê?

Vamos a um spoiler:

Ela deveria ser diferente e criar algum laço afetivo no rapaz a fim de que ele caísse no jogo proposto por Wyatt. Não se preocupem. Qualquer pessoa percebe isto com alguns minutos da cena do encontro...

Fim do spoiler*? A isca loira é interpretada por Michelle Williams. Bem, o que eu posso falar do desempenho da garota? Vejamos... Hum! Já sei: Michelle Williams é bonita.

McGregor é um bom ator, mas não apresenta nenhuma composição que nos faça acreditar no seu personagem como alguém ímpar. É um tímido de óculos como muitos que já vimos no cinema.

Por outro lado, Hugh Jackman se sai melhor como o sofisticado e perigoso Wyatt Bose, pelo menos em parte do filme. Fazendo uso de seus atributos físicos (rosto requintado e corpo vigoroso), Jackman consegue tornar seu personagem bastante crível nos momentos em que ele demonstra segurança e requinte, assim como naqueles em que ele se torna um homem ardiloso e ameaçador.
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O problema é que isto não se sustenta. No terceiro ato, o personagem de Hugh torna-se um conquistador patético, quase moleque, e chega a ficar cômico ao tentar imitar o colega tímido.

O recado está dado. Se quiserem assistir por serem fãs de Jackman, McGregor ou Rampling é outra coisa... Entendo a necessidade de dar uma conferida na performance de alguns astros, ou até mesmo para verificarem se há algum exagero neste texto. Mas uma coisa é certa: não esperem muita coisa da história.
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* Por que fiquei com dúvida no fim do spoiler? É que eu acho que todo este comentário foi um tremendo spoiler, coisa que não costumo fazer, pois, como cinéfilo, procuro preservar os segredos de um filme para os colegas. Mas podemos chamar "A Lista" de filme? Brincadeira :-)